Governo federal anuncia identidade visual do Brics 2025

Governo federal anuncia identidade visual do Brics 2025

21 de dezembro de 2024 Off Por Ray Santos
Compartilhar

Samaúma, àrvore da Floresta Amazônica será símbolo do encontro

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil

Publicado em 21/12/2024 – 11:52

Brasília

© Brics/Divulgação

Versão em áudio

O encontro de Cúpula do Brics, previsto para ocorrer no Brasil em 2025, teve sua identidade visual anunciada nesta sexta-feira (20).

Este projeto de comunicação visual terá, como principal elemento, a árvore amazônica Samaúma – uma obra da natureza que pode chegar a 60 metros de altura e 2 metros de diâmetro.

Tamanha grandiosidade rendeu a essa árvore apelidos como Escada do Céu, Mãe das Árvores e Guardiã da Floresta. Ceiba pentandra é o nome dado a ela pelos cientistas. De acordo com o governo federal, ter essa árvore à frente da identidade visual do Brics 2025 é algo que “traduz o objetivo do grupo”.

“A capacidade da Sumaúma de retirar água das profundezas do solo, mesmo em tempo de seca, e compartilhá-la com outras plantas, simboliza a cooperação e o desenvolvimento compartilhado. As sapopemas também são usadas para comunicação na floresta. A estrutura de maneira combinada à quantidade de água acumulada no tronco, uma vez golpeada, propicia um som que ecoa por longas distâncias, o que evoca a ideia de conexão e diálogo”, justifica secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Em 2025, o Brasil assumirá a presidência do Brics, bloco originariamente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e que foi ampliado pela participação de Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia. Esta é a segunda vez que o Brasil sedia o encontro.

A primeira foi há 15 anos.

Brics

Nascido de um acrônimo (palavra formada por iniciais) cunhado em 2001 por Jim O’Neil, então economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs, o Brics nasceu como Bric, que também significa tijolo em inglês.

Na época, o economista tentava designar economias emergentes com alto potencial de crescimento no século 21.

Somente em 2006, os quatro países constituíram um fórum formal de discussões, na Reunião de Chanceleres organizada à margem da 61ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro daquele ano.

Em 2014, a integração aumentou, com o anúncio da criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, na reunião de cúpula em Fortaleza, em julho daquele ano.

Fundada formalmente em 2015, a instituição financia projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros.

Em oito anos, o NDB emprestou US$ 33 bilhões para 100 projetos de infraestrutura, energia renovável, transporte, entre outras iniciativas.

O Brics formou um fundo de reservas com o objetivo de preservar a estabilidade financeira dos países-membros em tempos de crise.

Reserva de recursos para ser usada como socorro em caso de necessidade, esse fundo foi instituído já com um aporte de US$ 100 bilhões.

Relacionadas

Republican presidential nominee and former U.S. President Donald Trump wears a flesh-colored bandage on his ear as he holds a campaign rally for the first time with his running mate, Republican vice presidential nominee U.S. Senator J.D. Vance (R-OH) in Grand Rapids, Michigan, U.S. July 20, 2024. REUTERS/Tom Brenner

Ameaça de Trump contra Brics busca manter hegemonia do dólar

UFRJ terá Centro Brasil-Brics de Inovação para Neoindustrialização

Com ampliação, Brics ganha peso na política global e une diferentes

Edição:

Valéria Aguiar


Compartilhar