Haddad destaca em Nova York potencial do Brasil como líder em soluções para enfrentar a emergência climática

Em meio à Climate Week, o ministro da Fazenda detalha a posição proativa do Brasil no cenário ambiental global, destacando parcerias estratégicas

“O Brasil está não apenas planejando, mas já está em ação”. Assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicou nesta terça-feira (19/9) para investidores em Nova Iorque, uma série de iniciativas verdes em andamento e que colocam o Brasil na vanguarda do tema.

Em meio à Climate Week, um dos principais encontros globais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade, Haddad reforçou a posição do Brasil no cenário ecológico mundial e reforçou que, com ajuda do Congresso Nacional, o país terá os mais modernos instrumentos para auxiliar o mundo a enfrentar a emergência climática.

Segundo o ministro, com este conjunto de regras em debate no Senado e na Câmara, bem como as ações que já estão sendo tomadas pelos mais diferentes ministérios, o país se coloca como um destino atraente para empresas focadas em soluções ecológicas.

O objetivo, no médio prazo, é ser reconhecido não apenas como produtor de energia limpa e minerais estratégicos, mas como uma nação líder na produção de produtos verdes. “Nós temos clareza de que isso é possível: convencer empresas internacionais a se fixarem no Brasil para o desenvolvimento de produtos verde”, disse.

No segundo dia de eventos públicos em Nova Iorque, o ministro participou de um café da manhã no The Kimberly Hotel, em evento organizado pelo Instituto Igarapé e pela Coalização pela Amazônia. O encontro proporcionou um espaço para discussões aprofundadas sobre a preservação da Amazônia e as estratégias em andamento para sua proteção.

Pela manhã, Haddad também esteve no evento organizado pela Eurasia Group, onde dialogou com Ian Bremmer, CEO da empresa, e um grupo de 20 investidores. A reunião teve como foco as perspectivas econômicas e as oportunidades de investimento no Brasil, especialmente no contexto da transição ecológica.

Em um cenário geopolítico em constante evolução, Haddad sinalizou a abertura do Brasil para colaborações estratégicas com os Estados Unidos. De acordo com o ministro, o país estuda formas de aproveitar o Inflation Reduction Act (IRA), a proposta climática do presidente norte-americano Joe Biden, que destina US$ 369 bilhões para sustentar a transição energética dos EUA.

Haddad vê essa parceria como uma oportunidade de “ganha-ganha”. “Estamos estudando o Inflation Reduction Act, atentamente buscando verificar em que condições e com que regras o Brasil poderia estabelecer parcerias com os Estados Unidos nos valendo dessa legislação e das vantagens competitivas que o Brasil tem”, explicou.

O ministro expressou também sua confiança na emissão de títulos sustentáveis, iniciativa que promete abastecer o Fundo Clima, um dos principais instrumentos do governo para financiar as ações de transformação ecológica.

Haddad ainda participou do “Bloomberg Transition Finance Action Forum”, evento organizado pela Aya, com a presença de Michael Bloomberg e de representantes do Goldman Sachs. As discussões centraram-se em finanças e transição energética, temas cruciais no cenário global atual.

Na quarta-feira (20/9), seu último dia nos Estados Unidos, o ministro da Fazenda estará na Sede das Nações Unidas para participar da cúpula de Ambição Climática, encontro que reúne líderes mundiais para debater soluções e estratégias climáticas. Haddad também acompanhará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em encontro bilateral com o presidente dos EUA, Joe Biden. A agenda internacional termina com reunião com representantes da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI).

Ministério da Fazenda