Indenização de terras: Deputados destacam ato histórico para o fim de conflitos
Foto: Wagner Guimarães

Indenização de terras: Deputados destacam ato histórico para o fim de conflitos

30 de setembro de 2024 Off Por Marco Murilo Oliveira
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O acordo de conciliação proposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para o fim dos conflitos por terra, que prevê o pagamento de R$ 146 milhões em indenizações aos proprietários rurais para que as comunidades indígenas permaneçam em território tradicional, foi celebrado pelos deputados estaduais na sessão ordinária desta quinta-feira (26). O 1º secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), deputado Paulo Corrêa (PSDB), propôs, em nome do Parlamento Estadual, uma Moção de Congratulação aos atores envolvidos na conciliação.

Corrêa: Moção de Congratulação será enviada aos atores envolvidos. Foto: Luciana Nassar

“Na reunião convocada pelo ministro Gilmar Mendes, com a participação do governador Eduardo Riedel e representantes da União e entidades, foi decidida a indenização, conciliando os direitos dos produtores rurais de Ñanderu Marangatu, no município de Antônio João, e da comunidade indígena. Uma decisão histórica para Mato Grosso do Sul. A Moção de Congratulação será enviada aos atores envolvidos, que buscam a paz no campo”, disse Paulo Corrêa.

O presidente da Casa de Leis, deputado Gerson Claro (PP), salientou que a decisão sela um ambiente de estabilidade e destacou o protagonismo da Assembleia nos debates para solução dos conflitos. “Há mais de 30 anos, o Parlamento Estadual busca o consenso, que era tido como impossível. Desde o início desta legislatura, pautamos os trabalhos buscando resultado. E, ontem, com o acordo do STF, envolvendo comunidades indígenas, produtores rurais, Procuradoria e vários atores, ganhou o bom senso. Deixado de lado posições ideológicas, o compromisso humanitário sobressaiu. Índios e produtores passam a ter esperança de dias melhores. Temos que congratular, sem buscar culpados e heróis. E que possamos comemorar outras que virão”, afirmou o presidente.

Gerson Claro: decisão sela um ambiente de estabilidade. Foto: Luciana Nassar

Mato Grosso do Sul é um dos Estados da Federação com significativas incidências de disputas por terra. Para Pedro Kemp (PT), a decisão do STF deve pacificar o campo. “Infelizmente, a violência instaurada pela disputa resultou em várias mortes, a última do jovem Neri da Silva. A decisão do Supremo permitirá que a União faça o pagamento imediato dos R$ 27 milhões sobre as benfeitorias realizadas nos imóveis e outros cerca de R$ 102 milhões em precatório. Já o Governo do Estado irá aportar R$ 16 milhões, totalizando mais de R$ 146 milhões em indenizações aos fazendeiros”, falou.

Kemp: violência instaurada pela disputa resultou em várias mortes. Foto: Luciana Nassar

Mato Grosso do Sul é um dos Estados da Federação com significativas incidências de disputas por terra. Para Pedro Kemp (PT), a decisão do STF deve pacificar o campo. “Infelizmente, a violência instaurada pela disputa resultou em várias mortes, a última do jovem Neri da Silva. A decisão do Supremo permitirá que a União faça o pagamento imediato dos R$ 27 milhões sobre as benfeitorias realizadas nos imóveis e outros cerca de R$ 102 milhões em precatório. Já o Governo do Estado irá aportar R$ 16 milhões, totalizando mais de R$ 146 milhões em indenizações aos fazendeiros”, falou.

Mochi: ato histórico, marcante e que sinaliza o caminho de paz em MS. Foto: Luciana Nassar

Junior Mochi (MDB) pontuou várias ações da ALEMS, buscando a paz no campo, como a criação do Fundo Estadual de Terras Indígenas (Fepati). “Há muitos anos, debatemos uma solução para este conflito, que aumenta aos passar dos anos. Ao chegar a solução pacífica e consensuada, damos um passo decisivo para solução de outros conflitos da mesma natureza. Teremos um case de sucesso, importante para estabelecermos novos consensos e avançar. Um ato histórico, marcante e que sinaliza o caminho de paz em Mato Grosso do Sul”, analisou Mochi.

Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul


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