“Intelligent Task Offloading” – conheça a inveção da Ericsson para robôs industriais

Solução patenteada visa a otimização de processamento de robôs e dispositivos IoT, integrando computação edge e nuvem para maior eficiência e segurança em ambientes industriais

Foto: arquivo

São Paulo, 29 de outubro de 2024 – No ano em que comemora seu centésimo aniversário no Brasil, a Ericsson continua com altos investimentos em inovação tecnológica, inclusive no campo da Indústria 4.0. Um exemplo disso é a solução, desenvolvida por um grupo de inventores da Ericsson Brasil e da Suécia chamada “Intelligent Task Offloading”, que busca auxiliar a automação industrial integrando dispositivos IoT e robôs inteligentes.

Com a infraestrutura de computação em borda e nuvem, esta inveção busca otimizar a eficiência operacional e a segurança de robôs em ambientes industriais, enquanto reduz custos e consumo de energia.

A inovação em questão envolve um agente inteligente, baseado em técnicas de Inteligência Artificial (IA), que decide onde processar as tarefas: no próprio robô, no servidor de borda ou na nuvem.

O agente de decisão não faz a distinção entre a borda e a nuvem, sendo que ambas são vistas como infraestruturas de computação remotas.

Segundo Alberto Hata, um dos inventores responsáveis, essa escolha é feita com base em fatores como desempenho da rede, consumo de energia e o nível de segurança do ambiente ao redor dos robôs.

Essa decisão possibilita otimizar o uso da rede e aumentar a eficiência energética dos robôs pela redução do uso do processamento embarcado.

“Um dos seus diferenciais é o uso de métricas de segurança física, importante em cenários em que o robô interage com os humanos ou há a presença de diferentes obstáculos, além do desempenho da rede, que ajuda a decidir se uma tarefa será realizada localmente ou remotamente.

Em cenários de baixo risco, com a ausência de pessoas e obstáculos próximos ao robô, ele pode processar localmente, economizando bateria.

Em situações de risco elevado, onde há a presença de obstáculos se movendo em direção ao robô, o processamento é transferido para a nuvem ou borda, garantindo maior precisão na execução”, conta Hata.

O conceito de “Intelligent Task Offloading” se destaca por centralizar remotamente o gerenciamento de uma frota de robôs que acessam recursos na nuvem e na borda (edge computing).

Em um cenário em que a automação industrial exige resposta rápida e alta confiabilidade, utilizando as capacidades do 5G para gerenciar dados em tempo real, minimizando latências e maximizando a produtividade, é uma excelente aplicação da tecnologia que, apesar de disponível, ainda não está sendo comercializada. 

“Essa tecnologia patenteada também traz inovações no uso de algoritmos de computação visual, permitindo que robôs reutilizem imagens processadas quando há pouca variação entre as capturas – o que reduz o consumo de rede e aumenta a eficiência energética. O task offloading em si proporciona isso, porém, o reuso das saídas de computação visual enaltecem essas vantagens, prolongando a autonomia dos robôs e otimizando os recursos de datacenters”, complementa Hata. 

O potencial da inovação destina-se para diversos setores. Além de aplicável na Indústria 4.0, na qual o uso de robôs autônomos, robôs colaborativos drones e veículos inteligentes é fundamental para a automação de fábricas e plantações.

Veículos autônomos em cidades e maquinários agrícolas, especialmente em cenários em que a segurança e o tempo de resposta são críticos, também são boas ilustrações.

A solução ainda aborda o desafio de segurança física dos robôs, monitorando constantemente o ambiente ao redor com sensores que detectam potenciais riscos, como colisões com pessoas ou outros equipamentos.

O nível de segurança operacional, algo crucial em fábricas, fazendas automatizadas e áreas urbanas com veículos autônomos, pode ser altamente elevado por meio da solução.

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