Irã rejeita apelos de países europeus por moderação em meio à tensão no Oriente Médio
13 de agosto de 202413/08/2024 às 03:57 | Atualizado 13/08/2024 às 09:08
França, Alemanha e Grã-Bretanha emitiram declaração pedindo ao governo iraniano e seus aliados que se abstenham de ataques contra Israel após o assassinato de Ismail Haniyeh, chefe político do Hamas
Os três países europeus emitiram uma declaração na segunda-feira pedindo ao Irã e seus aliados que se abstenham de ataques contra Israel após o assassinato de Ismail Haniyeh, chefe político do grupo islâmico palestino Hamas, em Teerã, no mês passado.
Teerã e seus aliados Hamas e o grupo xiita libanês Hezbollah acusaram Israel de executar o assassinato. O governo israelense não assumiu a responsabilidade.
“Sem qualquer objeção aos crimes do regime sionista [Israel], a declaração do E3 [França, Alemanha e Itália] exige descaradamente que o Irã não responda a uma violação de sua soberania e integridade territorial”, disse Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano.
Kanaani disse que Teerã está determinada a deter Israel e pediu que Paris, Berlim e Londres “se levantem de uma vez por todas contra a guerra em Gaza e a belicosidade de Israel”.
Alerta dos EUA
Os Estados Unidos estão preparados para o que podem ser ataques significativos do Irã e seus representantes no Oriente Médio ainda nesta semana, disse o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, nesta segunda-feira (12).
Kirby afirmou que os Estados Unidos aumentaram sua posição de força regional e compartilham as preocupações de Israel sobre um possível ataque apoiado pelos iranianos, após o Irã e o grupo islâmico palestino Hamas acusarem Israel de ter assassinado um líder do Hamas em Teerã no mês passado.
“Compartilhamos as mesmas preocupações e expectativas que nossos parceiros israelenses. Pode ser nesta semana”, disse Kirby, a repórteres.
“Temos que estar preparados para o que pode ser um conjunto significativo de ataques”, disse.
Israel tem se preparado para um grande ataque desde o mês passado, quando um míssil matou 12 jovens nas Colunas de Golã, ocupadas pelos israelenses, e Israel respondeu matando um comandante sênior do Hezbollah em Beirute.
Um dia depois daquela operação, Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, foi assassinado em Teerã, provocando promessas iranianas de retaliação contra Israel.
“Nós obviamente não queremos ver Israel tendo que se defender de outro ataque, como fizeram em abril. Mas, se for esse o caso, continuaremos a ajudá-los a se defender”, disse Kirby.
(Reportagem da Dubai Newsroom; com informações da Reuters)