Ministra dos Povos Indígenas participa da III Marcha das Mulheres Indígenas

Ministra dos Povos Indígenas participa da III Marcha das Mulheres Indígenas

12 de setembro de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
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No primeiro dia da marcha, a ministra Sonia Guajajara destaca que as mulheres indígenas são as principais vítimas das mudanças climáticas

Na III Marcha das Mulheres Indígenas, de 11 a 13 de setembro, em Brasília, mais de 6 mil mulheres indígenas de todo o país se reúnem em defesa dos povos indígenas e seus territórios, e contra a violência de gênero. A marcha, cujo tema deste ano é “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade Pelas Raízes Ancestrais”, é promovida pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (Anmiga) e prevê plenárias, grupos de trabalho e ações culturais.

A abertura oficial aconteceu na noite do último domingo (10/09). Na segunda-feira (11/09), primeiro dia do evento, a deputada federal Célia Xakriabá, realizou uma Sessão Solene, onde mais de 500 mulheres indígenas estiveram presentes no plenário Ulisses Guimarães, na Câmara dos Deputados. Antes da sessão solene, para anunciar a criação do Projeto de Lei que cria legislação de combate à violência contra as mulheres indígenas, a deputada Célia Xakriabá promoveu uma coletiva para a imprensa no salão nobre da Câmara dos Deputados, da qual a ministra dos Povos Indígenas,  Sonia Guajajara participou. Além delas, outras lideranças femininas da Anmiga também discursaram.

Em sua fala durante a coletiva, a ministra Sonia Guajajara lembrou que em 11 de setembro se comemora o Dia Nacional do Cerrado e chamou atenção para o aumento do desmatamento no bioma, um dos mais afetados pelo problema no país, e para a importância da preservação de todos os biomas brasileiros. “Somente com a proteção de todos esses biomas nós conseguiremos o equilíbrio para proteger o ecossistema e para garantir a continuidade da vida nesse planeta”, pontuou.

Durante a sessão solene, discursaram lideranças indígenas dos seis biomas brasileiros, representantes da Anmiga, a presidenta da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana; a coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Juliana Kerexu; o deputado federal Airton Falero; as deputadas federais Juliana Cardoso, Erika Kokay e Talíria Petrone;  a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves;  e a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. 

Em sua fala, a ministra dos Povos Indígenas destacou as mulheres indígenas como principais vítimas das mudanças climáticas. “Estamos num estado de emergência, e não tem mais como negar essa emergência climática. Não há mais espaço para negacionismo. E nós, povos indígenas, nós, mulheres indígenas, embora sejamos as maiores guardiãs da mãe terra, somos as primeiras e as mais impactadas. Nós somos as primeiras afetadas pelas mudanças climáticas”, disse.

A ministra ainda reforçou a importância da demarcação dos territórios indígenas e da luta contra o PL 2903. “Não vai adiantar buscar altas tecnologias para conter a crise climática, porque a solução para a crise climática está na demarcação dos nossos territórios. Demarcação já, e marco temporal não”, concluiu.

A sessão foi encerrada por um discurso da deputada Célia Xakriabá e ao final da sessão, foi protocolado o Projeto de Lei que cria legislação de combate à violência contra as mulheres indígenas.

Ministério dos Povos Indígenas (MPI)


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