No Dia do Pantanal, Bioparque reforça compromisso com a preservação por meio da pesquisa
13 de novembro de 2024Publicado em: 12 de novembro de 2024
Nesta terça-feira (12), celebra-se o Dia do Pantanal, um bioma que encanta o mundo com sua rica diversidade de fauna, flora e rios. Nesta data tão importante, o Bioparque reafirma seu compromisso com a preservação desse ecossistema único por meio de iniciativas de pesquisa, conservação e educação ambiental.
Esse empreendimento, que une lazer e conhecimento para todos, oferece ao público uma imersão nas riquezas naturais do Pantanal e promove o engajamento dos visitantes na proteção das espécies e dos recursos naturais. As ações são alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que servem como guia para garantir um futuro sustentável e inclusivo.
O complexo desenvolve inúmeras pesquisas focadas na conservação e biodiversidade do bioma pantaneiro, sendo o próprio local um verdadeiro laboratório vivo. Nas instalações do Bioparque encontra-se o Centro de Conservação de Peixes Neotropicais (CCPN), que merece destaque quando se fala em conservação, um dos pilares do empreendimento.
Pesquisadores, que também são servidores do Bioparque, atuam no CCPN, com foco principalmente em espécies com alto risco de extinção ou ameaçadas. Até o momento, foram reproduzidas 67 espécies, incluindo 15 registros de reprodução inéditos para a ciência mundial e 15 inéditos para o Brasil. Entre as espécies ameaçadas e inéditas que nasceram no local, destaca-se o cascudo viola (Loricaria coximensis).
A diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, afirma que o compromisso com a preservação ambiental é garantido dentro do ponto turístico.
“No Bioparque, praticamos a preservação e inspiramos esse compromisso em cada visitante. Proteger este bioma é uma responsabilidade compartilhada. Que esta data seja um convite para que todos – visitantes, pesquisadores e cidadãos – abracem a preservação do Pantanal como algo essencial. Ao cuidar, cuidamos do nosso futuro e garantimos que suas histórias, suas águas, sua fauna e sua vida continuem sendo parte da herança das próximas gerações”.
O visitante Leandro Amaral acredita que a conscientização sobre a importância do Pantanal deve começar na infância e envolver toda a sociedade. Ele destaca que o Bioparque desempenha um papel fundamental nesse processo ao proporcionar vivências educativas que conectam diferentes gerações ao bioma.
“Precisamos nos mobilizar para que as gerações passadas e futuras tenham a oportunidade de aprender sobre os rios, os animais e se encantar com a biodiversidade. Além de educar sobre a importância da conservação e da pesquisa, o Bioparque Pantanal é um exemplo que lidera inovações em práticas ambientais”.
Para o biólogo curador do Bioparque, Heriberto Gimênes Junior, o empreendimento é um espaço rico em informações sobre o bioma e em desenvolvimento de pesquisas.
“Como biólogo atuando na ictiologia, o Bioparque proporciona oportunidades para a pesquisa científica, reforça a conservação de espécies e destaca a importância de que é preciso conhecer para preservar”.
Parceria com a Marinha do Brasil
Uma parceria firmada com a Marinha do Brasil possibilitou a realização de duas expedições ao Pantanal, com resultados positivos para a ciência. Pesquisadores do Bioparque Pantanal e de universidades parceiras realizaram coletas de dados, plantas e espécies inéditas para o plantel, além de observações subaquáticas que servirão de subsídio para o trabalho de bem-estar animal e para a educação ambiental com comunidades ribeirinhas.
O apoio das Forças Armadas foi essencial para que os pesquisadores tivessem acesso a locais como o rio Paraguai-Mirim e a Serra do Amolar. O processo de pesquisa se estende além das expedições, continuando no próprio Bioparque.
Lei do Pantanal
Em dezembro de 2023, foi sancionada a primeira Lei do Pantanal, uma iniciativa pioneira do Governo de Mato Grosso do Sul para a conservação e uso sustentável do bioma. A lei foi assinada no Bioparque Pantanal, tendo como cenário o maior e mais atraente tanque do complexo de aquários, o Neotrópico.
Gabriel Issagawa e Caio Henrique Romero, Comunicação Bioparque Pantanal
Fotos: Lara Miranda