Os possíveis reflexos do Censo 2022 no segmento de consórcio

Os possíveis reflexos do Censo 2022 no segmento de consórcio

28 de julho de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
Compartilhar

Dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil ultrapassou a marca dos 200 milhões de habitantes, o que representa um crescimento populacional de 6,45%, em comparação com 2010. Entretanto, a taxa de crescimento anual foi a menor registrada desde 1872, ano em que foi realizado o primeiro censo nacional brasileiro.

Outro dado que também chama a atenção é que, em 2022, existiam 90,7 milhões de domicílios no Brasil, o que representa um crescimento de 34% em relação ao último censo. Também foi registrado um aumento de 70% no número de lares de uso ocasional, principalmente em cidades litorâneas.

Se analisarmos estes números e os compararmos ao crescimento do segmento de consórcio, podemos dizer que é possível que o aumento da população e dos domicílios pelo país tenha impulsionado e ampliado a busca pela realização e o alcance de conquistas dos brasileiros, explicando assim, o boom desta modalidade nos últimos anos.

Muitas pessoas passaram a considerar o consórcio como uma alternativa viável para adquirir um bem, seja um imóvel, um veículo, uma viagem ou até a realização de um casamento ou tratamento estético. A modalidade é capaz de oferecer o parcelamento integral do bem, sem juros nem entrada; possibilidade do pagamento de parcelas reduzidas; poder de compra à vista após a liberação do crédito; variedade de prazos, dentre outras características positivas.

Dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que de janeiro a maio deste ano, as vendas de novas cotas atingiram 1,63 milhões, ao avançar 8,7% sobre as 1,50 milhões de adesões do mesmo mês de 2022. Já os negócios realizados, decorrentes destas comercializações, também registraram expressiva alta, ao alcançar mais de R$ 115,5 bilhões, significando 20,2% sobre os R$ 96,13 bilhões anteriores.

Uma outra explicação para este aumento na procura pela modalidade é que o consórcio também passou a ser ligado ao planejamento financeiro, ficando mais evidente para a população, que somente a partir de um controle diário de gastos é possível se ter uma visão melhor das finanças e se preparar para realizar sonhos e investimentos. Quem tem uma boa gestão financeira vive com mais tranquilidade e segurança, sem aquela preocupação de saber se a conta bancária vai fechar no vermelho ou se sobrará algum dinheiro no final do mês.

Ou seja, podemos concluir que muitas são as razões para o crescimento deste setor, e que também muitos são os motivos para as transformações da sociedade registradas nessa última edição do censo. O mais importante aqui, é entender as mudanças no comportamento do povo brasileiro e desta maneira, ampliar sempre a realização e o alcance de metas tão importantes hoje para a conquista e manutenção da qualidade de vida de todos.

Por Tatiana Schuchovsky Reichmann, CEO da Ademicon


Compartilhar