Pesquisadores e agricultores debatem altas produtividades e ciência aplicada ao milho safrinha

Pesquisadores e agricultores debatem altas produtividades e ciência aplicada ao milho safrinha

11 de dezembro de 2023 Off Por Ray Santos
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Organizado pela Fundação MS, o  XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha se encerra nsta quinta-feira (30)

Com uma perspectiva de produtividade cada vez mais alta no milho safrinha, os agricultores de Mato Grosso do Sul se preparam para uma safra acima da média em 2024. Em relação à última safra, os números oficiais divulgados pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, indicam, neste momento, uma produção de 80 sacas por hectare, alinhada com o potencial produtivo dos últimos 5 ciclos do estado. Esse número ainda será revisado, considerando que apenas 43% das áreas de MS foram amostradas, de uma área total de 2,3 milhões de hectares plantados em 2023.

Essa alta produtividade tem sido um dos eixos abordados durante o XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha, que acorre pela primeira vez em Campo Grande – MS. Durante a abertura do evento, representando o Governo do MS, o secretário-executivo da Semadesc, Rogério Beretta, ressaltou a importância das instituições de pesquisa na produtividade dos grãos no estado.

“Cheguei aqui no estado há muitos anos; as produtividades do milho safrinha ainda eram de 30 a 35 sacas por hectare. Temos realmente que agradecer às Fundações e às Embrapas, por esse desenvolvimento Temos em média de 90 sacas por hectare nos últimos 5 anos, um resultado muito significante para o nosso estado em termos de produção”.

Beretta ainda destacou o impacto desse crescimento positivo em outras culturas. “A Aprosoja/MS já projetou mais um crescimento da área de soja, que representa cerca de 6% a mais de área; a gente deve bater mais de 4 milhões de hectares, o que mostra um grande potencial de aumentar também a nossa área de plantio de milho. O governo aposta muito nisso”, destacou.

Daniel Franco, presidente da Fundação MS, instituição organizadora desta edição do Seminário Nacional de Milho Safrinha, destacou o incentivo em investimentos e confiança em pesquisa feita pela Fundação. “Somente nos últimos dois anos, a Fundect aportou investimentos de R$ 5 milhões. Isso é uma cifra muito importante e para nós, traz um fôlego enorme. A pesquisa séria, a pesquisa com base, tem seu valor financeiro caro. A nossa ciência é trazer luz para tudo aquilo que está incomodando o produtor”.

O evento que tem como objetivo promover e debater práticas inovadoras, reunindo teoria e prática para impulsionar o setor, aborda tópicos fundamentais, incluindo o manejo da fertilidade do solo em diferentes ambientes, o uso de biológicos para otimização da produção, técnicas avançadas de plantio do milho safrinha em consórcio e sistemas integrados de produção.

“Estes eventos são oportunidades para debatermos temas importantes para o agro nacional. Nos próximos dias poderemos conferir as oportunidades e soluções para o manejo do milho. Teremos aqui pesquisadores, estudantes de todo o país discutindo seus trabalhos e fazendo com que a ciência avance”, explicou o coordenador do seminário e pesquisador da Fundação MS, André Lourenção.

Sobre o XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha

Com palestras, apresentações de resumos científicos e exposições de produtos e serviços, o evento encerra nesta quinta-feira (30), no espaço Bosque Expo, em Campo Grande/MS.

Além da realização da Fundação MS, o evento conta com a promoção da Associação Brasileira de Milho e Sorgo, apoio científico da Embrapa e correalização da Aprosoja/MS.


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