Pimenta: é justo isentar 36 milhões em troca de uma taxa sobre 100 mil que nada pagam
30 de novembro de 2024Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social, defende que o conjunto de medidas fiscais apresentado pelo Governo reafirma compromisso social de Lula
Em entrevista ao Canal Gov e à Agência Gov nesta sexta (29), o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, declarou que a proposta de isentar de imposto de renda assalariados que ganham até R$ 5 mil é uma questão de justiça. Ele lembra que a medida vai beneficiar 36 milhões de famílias e, em troca, vai exigir que um grupo de apenas 100 mil pessoas, que ganham acima de R$ 50 mil em bônus, dividendos, aluguéis e aplicações diversas, passem a contribuir.
“Não é possível que a sociedade brasileira não apoie e que o mercado não compreenda que quando a gente isenta R$ 5 mil do imposto de renda para 36 milhões de famílias, este dinheiro vai voltar para a economia, para gerar mais emprego, e esse consumo vai gerar mais impostos que vão fazer com que a sociedade possa continuar se desenvolvendo”, disse o ministro. “É uma política de ajuste, de justiça tributária e justiça social. Quem ganha mais precisa colaborar, precisa contribuir. Uma minoria de 100 mil pessoas que hoje não paga nada e que está sendo chamada a dar a sua colaboração de até 10% sobre esses ganhos que excedem o salário”, completou.
Sobre as reações negativas do chamado mercado, repercutidas pela mídia comercial, ao conjunto de medidas de ajuste fiscal anunciadas ontem pelo Governo Federal, Pimenta comentou que esse setor reage de “maneira inconsequente”.
“O Brasil está no rumo certo, o país está crescendo, gerando empregos, a inflação sob controle, mas nós precisamos avançar mais, garantir a queda dos juros, garantir que o dólar venha para um patamar adequado, para que não se reflita no custo dos alimentos, no custo dos combustíveis, e para isso é preciso de equilíbrio fiscal. Nós estamos apresentando uma proposta que em dois anos vai reduzir em R$ 70 bilhões as despesas do Governo, dando segurança para os investidores, mostrando o compromisso que o governo do presidente Lula com esta segurança fiscal tão importante, que já é uma marca dos outros governos do presidente Lula”, avaliou.
Pimenta acrescentou: “O mercado reage de uma forma absolutamente inconsequente, porque nós temos hoje mais de R$ 500 bilhões em isenções fiscais, muitas isenções para grandes empresas, e o mercado não reage de forma negativa. Nós temos os supersalários, em alguns casos, servidores e servidoras que ganham mais de R$ 1 milhão por mês, e o mercado não reage de forma negativa”.
O ministro Pimenta reafirmou a confiança de que as propostas são sólidas e trarão resultado. Na opinião dele, o Governo Federal não pode ceder a pressões especulativas: “O que nós não podemos é nos tornar reféns dos especuladores, que apostam contra o Brasil. Aqueles que apostaram contra o Brasil vão perder. O Brasil vai continuar crescendo, criando oportunidades, gerando emprego, distribuindo renda, abrindo mercados internacionais, controlando a inflação, diminuindo o juro, porque o Brasil está no rumo certo”.
Agência Gov