Pollon fala de app sobre fiscalização, pautas bomba em Brasília e explica fim de ciclo no PL

Pollon fala de app sobre fiscalização, pautas bomba em Brasília e explica fim de ciclo no PL

12 de novembro de 2024 Off Por Ray Santos
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Soares/Assessoria Marcos Pollon

Após 110 dias de um “silêncio obsequioso” a entrevistas exclusivas, o deputado federal mais bem votado no Mato Grosso do Sul, no pleito de 2022, voltou a falar.

Em visita à Rádio Hora 93.3 FM, Marcos Pollon (PL-MS) explicou o eventual posicionamento da bancada do seu partido, na eleição para a Mesa Diretora da Câmara, também sobre ações de fiscalização, inclusive com um novo aplicativo seu, e ainda a possibilidade de estar na mesma sigla que ex-tucanos. 

“Diferente da velha política, cuja palavra se dissolve no vento, eu acho que um homem sem a palavra não lhe resta mais nada. Eu avisei que não apoiaria candidatos da esquerda e da centro-esquerda, e assim o fiz. No meu partido existe um grupo que historicamente é ligado ao PSDB, trabalhou pesado na minha gestão para fazer essa aliança, foram vitoriosos, pois eu não consegui manter o partido, me reservei então ao que no Direito Canônico se chama de silêncio obsequioso.  Uma alianca muito atípica aliás, pois a gente só perdeu nela”, frisou Pollon, que se recupera nas últimas semanas de uma grave cirurgia que precisou fazer no maxilar, em julho deste ano.

A fala ocorreu na participação no programa Jornal da Hora, exibido na emissora, entre as 7h e as 8h na segunda-feira (11).

Entre os próximos passos do mandato, o parlamentar destacou o interesse de acompanhar mais sobre a realidade de três Prefeituras, as quais ele foi “apoiador de primeira ordem” de quem venceu as eleições: Sidrolandia de Rodrigo Basso, Caarapó da Professoa Lurdes e Pedro Gomes que será governada pelo Delegado Murilo.

Já quanto aos outros municípios a linha será a mesma adotada nos primeiros anos como deputado, enviar recursos a todos lugares de Mato Grosso do Sul e, sobretudo, fiscalizar. Lógica que será ainda mais intensificada para Campo Grande, onde Pollon declarou voto para Adriane Lopes, mas garantiu na Rádio, e também anteriormente nas suas redes sociais, que não fez campanha e não deseja ter cargos na Administração. 

“Eu fui alijado do processo eleitoral e fiz questão de ficar em silêncio pois estava enfermo. Nas duas últimas semanas, uma filha minha teve também infecção generalizada, o rim quase parou, então não teria cabeça para me envolver na disputa. Comunidades que frequento da Igreja Católica me questionaram várias vezes se eu estaria com a Rose e sempre alertei a diferença.  Ela é da equipe do Lula e se ela perdesse, voltaria para o Governo do Lula. Por conta disso, gravei um vídeo com declaração de voto à prefeita e a sua reeleição, pois jamais voltaria em alguém da equipe do Lula”, disse o parlamentar.

Aplicativo para aproximação popular

Com mais de 200 mil pessoas conectadas a sua jornada política, Marcos Pollon é um dos políticos que mais interage junto o público e pretende ampliar essa vertente.

Isso porque, para 2025 irá lançar um aplicativo, nas plataformas IOS e Android, no qual o cidadão poderá fazer denúncias de corrupção e gargalos do dinheiro público.

A ideia é transformar essas demandas em cobranças diretas a Prefeituras, feitas por requerimento.

A proximidade com o eleitorado conservador foi ainda citada por Pollon quanto a outra tema polêmico: os presos do Estado no 8 de janeiro.

O deputado explicou que tem visitado nas penitenciárias, os presos sul-mato-grossenses no episódio, lembrando também que ofereceu assessoria jurídica aos indiciados neste processo.

A questão, conforme o parlamentar, é decisiva no apoio da bancada do PL para a chapa de Hugo Motta (Republicanos-PB) na próxima eleição da Presidência da Câmara.

“Acredito que uma das coisas dessa oposição deva ser a anistia. O que faz a Direita são as pautas e não os cargos. Se a gente vai negociar, tem que colocar em evidência as nossas pautas, que também são legistima defesa, tiro esportivo, agronegócio  questões do nosso universo”, relatou.

Futuro do PL e 2026 à vista

Outro assunto da entrevista com os jornalistas Arthur Mário e Carlos Araújo, foi a respeito de 2026, com o possível cenário de Pollon e membros tradicionais do PSDB estarem na mesma legenda. Reinaldo Azambuja, ex-governador de Mato Grosso do Sul é cotado para ir ao PL, levando talvez consigo muitos nomes dos tucanos ao partido de Jair Bolsonaro.

“Esperei nove meses pra nascer, e vou aguardar um pouco mais a confirmação do que vem se falando a respeito. Para cada dia basta o seu mal. Se acontecer lá na frente vou ver como proceder”, avisa o deputado e ex-presidente regional do PL, entre junho de 2023 e junho de 2024, quando foi retirado da missão devido a uma aliança da sigla com o PSDB em todo Mato Grosso do Sul. 

Oposição em trabalho

Para esta semana, Pollon, que é um dos membros da bancada de Mato Grosso do Sul na CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), avisa sobre a análise no colegiado de duas pautas importantes.

O parlamentar falou do estado de alerta da oposição ao grupo governista, quanto uma matéria que visa regular ainda mais os biodefensivos no Brasil e outra que envolve a proteção ao nascituro. 

“Estamos atentos a isso e não vamos deixar passar nada que prejudique o país. E o cidadão pode confiar na nossa vigilância em Brasília”, reforçou.

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