Por que homens subestimam fatores comportamentais na hora de cuidar da saúde?

Por que homens subestimam fatores comportamentais na hora de cuidar da saúde?

29 de novembro de 2022 Off Por Ray Santos
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O risco do câncer de próstata ao longo da vida é de 16%. Estudos realizados em pacientes após recuperação revelam que eles tendem a superestimar fatores externos como estresse e poluição e desconsiderar excesso de peso e sedentarismo

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estimam-se 65.840 novos casos de câncer de próstata por ano, correspondendo a 29,2% dos tumores incidentes no sexo masculino. O número de mortes anuais impressiona: 15.841. No Brasil, é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A patologia é considerada uma doença da melhor idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos e as chances de cura chegam a 90%, desde que o diagnóstico seja realizado no estágio inicial. 

Em novembro, o Ministério da Saúde celebra o “Novembro Azul” e anunciou a campanha “Linha Azul”, que é uma ação de cuidados dedicada à saúde do homem para sensibilizá-lo a respeito da importância sobre os cuidados com a própria saúde e o diagnóstico precoce. Dados do estudo “Attitudes and adherence to changes in nutrition and physical activity following surgery for prostate cancer: a qualitative study”, de Luke Robles, revelam que sobreviventes de câncer de próstata valorizam a importância de fatores ambientais, como estresse e poluição, e minimizam fatores comportamentais, como excesso de peso e sedentarismo. Esses resultados confirmam algumas crenças populares de que estilo de vida não afeta a prevenção e o desenvolvimento de patologias. “Isso é completamente equivocado, tendo em vista que uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos influenciam diretamente na saúde do homem”, alerta a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo. 

Cabe destacar que os fatores de risco não modificáveis do câncer de próstata são: aumento da idade, etnia e histórico familiar. Dentre os fatores modificáveis, encontram-se alimentação e prática de atividade física. Ainda de acordo com os dados científicos, a atividade física, seja moderada ou vigorosa, reduz o risco de mortalidade por câncer de próstata e a recorrência da doença. “Indicamos 90 minutos de exercício físico moderado por semana. A prática está relacionada à redução de 61% na mortalidade em comparação com menos de 60 minutos”, explica a nutricionista. Para efeito preventivo, recomenda-se a prática de, pelo menos, 30 minutos de atividade física moderada a vigorosa. 

Crucíferos, licopeno e vegetais: nomes difíceis e necessários 

Apesar de anatomicamente semelhantes, homens e mulheres têm características e necessidades diferentes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens vivem 7,1 anos a menos do que as mulheres, com taxa de mortalidade maior em praticamente todas as faixas etárias. Por isso, a prevenção é a palavra de ordem quando abordamos a saúde masculina. “As necessidades de cada pessoa ao nível da nutrição dependem do gênero, da idade, do estilo de vida e até de algumas complicações ou particularidades. Mas podemos destacar alguns alimentos globais que podem auxiliar no fortalecimento da saúde masculina”, explica Adriana. 

A maior ingestão de alimentos do grupo crucífero, como repolho, couve-flor e couve estão relacionados com redução de incidência e progressão do câncer de próstata, segundo o mesmo estudo de Robles. Já o licopeno é um carotenóide presente em frutas e hortaliças de cores vivas, que também tem sido associado à diminuição do risco de evolução da doença após o diagnóstico. “A literatura também recomenda que a alimentação diária tenha vegetais; grãos integrais, como aveia, quinoa, amaranto, arroz integral; sementes, como linhaça, chia, gergelim; feijões e frutas in natura e desidratadas”, complementa. 

Impactos negativos de determinados alimentos não escolhem gênero 

Segundo dados da literatura científica, o consumo excessivo de laticínios pode estar relacionado ao aumento do risco de câncer de próstata. As carnes processadas, como presunto, peito de peru, salsicha, linguiça, bacon e derivados estão repletas de gorduras maléficas para a saúde, sódio, nitratos e conservantes. A união desses ingredientes pode levar ao desenvolvimento de doenças de diferentes graus. O excesso de gordura corporal também pode aumentar o risco de câncer de próstata avançado. 

Infelizmente, a crença de que homens são mais negligentes nos cuidados relacionados à saúde é sustentada por pesquisas. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que, durante a pandemia, 55% dos entrevistados acima de 40 anos deixaram de fazer alguma consulta ou tratamento médico. E, pelo menos, 81% dos entrevistados têm a impressão de que as pessoas estão indo menos ao médico ou fazendo menos tratamentos.

Mesmo com as orientações acima, é importante destacar que não existe alimento que seja totalmente bom ou ruim por si só. “Caso você tenha ou desconfie ter um problema de próstata, é de suma importância realizar o acompanhamento médico para iniciar os cuidados o mais rápido possível. A evolução de métodos dos exames e melhoria na qualidade dos sistemas de informação auxiliam nessa questão”, esclarece a nutricionista. 

Sobre a Jasmine Alimentos

A Jasmine Alimentos é uma empresa referência em alimentação saudável. Com produtos categorizados em orgânicos, zero açúcar, integrais e sem glúten, a marca visa atingir o público que busca alimentos verdadeiramente saudáveis, práticos e saborosos. A operação da Jasmine começou de forma artesanal há 30 anos, no Paraná. A Jasmine está consolidada em todo Brasil e ampliando sua atuação para a América Latina. Desde setembro de 2022, a marca pertence à M. Dias Branco – líder nacional em massas e biscoitos. A empresa possui mais de 17 indústrias e 28 centros de distribuição instalados em diferentes estados brasileiros, assim como processos de exportação para mais de 40 países. Mais informações: www.jasminealimentos.com

Central Press,.


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