Prêmio #DesafíoAlacero 2022 elege três projetos inovadores no setor de aço e arquitetura na América Latina
10 de novembro de 2022Os vencedores foram projetos da Argentina, Chile e Brasil, e envolvem iniciativas de dessalinização de água, logística e pontes de materiais
Com o objetivo de incentivar o aprendizado sobre o setor siderúrgico na América Latina e promover projetos de tecnologia e inovação, a Alacero, Associação Latino-Americana do Aço, promoveu a 15ª edição de um desafio para graduados em arquitetura. Desde a primeira edição, em 2008, mais de 14 mil alunos participaram do concurso. Em 2022, participaram 96 faculdades, 290 equipes e 995 alunos, que foram avaliados por etapas até a final do concurso, que aconteceu na sexta-feira, 4 de novembro, e contou com 7 equipes finalistas de diversos países.
“Em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 estabelecidos pela ONU, mais especificamente com o ODS-9 “Indústria, inovação e infraestruturas”, o Desafio Alacero 2022 reuniu mais de 900 participantes. O objetivo do concurso é promover o conhecimento do aço como componente de sistemas construtivos, demonstrar o potencial do material para diferentes aplicações e estimular futuros arquitetos a interagir com o aço para utilizá-lo como elemento construtivo”, destaca Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero.
Este ano o concurso Alacero foi rebatizado de #DesafíoAlacero para representar os objetivos de estimular ideias criativas nos alunos e fazer com que ideias e projetos arquitetônicos limitem até as propriedades do aço. Na edição, o júri foi composto por Silvia Scalzo, arquiteta-diretora do concurso e representante do Brasil, além de outros nomes de países como Argentina, Chile, Colômbia, Equador, República Dominicana e México. Os projetos finalistas foram:
- Argentina: Enclave insular da Universidade Nacional de Córdoba, com os alunos Lucas Merlo, Gabriel Tomas Palácios e Ian Nicolas Bertun e orientação da professora Silvina Inês Prados.
- Brasil: Complexo Logístico e Tecnológico da UNESP, com os alunos Antonio Souza Santos Neto e Isabela Carvalho Fortuna Rodrigues, além do professor César Fabiano Fioriti.
- Chile: Ponte Valdivia da Universidade Finis Terrae, representada pelos alunos Benjamín Palavecino, Daniel Paillalef, Fernanda Díaz e Nicolás Delpino, além dos professores Andrés Echeverría e Claudio Araya.
- Colômbia: Protótipo Bio-Vida da Pontifícia Universidade Javeriana De Cali, pelos alunos Juan José Arana Rojas e Daniela López Góngora e pelo professor Mario Camargo.
- México: Centro de reciclagem Complexo NOOK da Universidad Autónoma del Carmen, projetado pelos alunos Cristian Enrique Aguilar, José Ernesto Padilla Mendez, Adelaida Nohely Damián Pérez e Luis Arturo Rosado Marín e pelo professor Javier Ortega Chavalas e Artemio Cruz Martínez.
- República Dominicana: Laboratório de Industrialização de Habitação e Iluminação da Universidade Nacional Pedro Henríquez Ureña, pelos alunos Rohanny Ureña Mejía, Romina Mejía Mejía e María Gabriela Dotel Hernández e pela professora Jenny Annelisse Garrido Gautreaux.
Além destes, o país Equador recebeu uma menção honrosa no concurso com um projeto de construção multifuncional com comércio, cultura e capacitação para o empreendedorismo. O projeto Inovação Intergeracional Symbiont é da Pontifícia Universidade Católica do Equador, Campus Ibarra, dos alunos Kevin Gutiérrez e Alejandre Cevallos.
A decisão do júri foi transmitida ao vivo no último dia 4 de novembro. A vencedora foi a Argentina com um prêmio de US$ 6 mil. Para os jurados, foi uma proposta com foco na inovação, atendendo às necessidades de um futuro muito próximo, com temas ligados a um recurso vital como a água. Ele é visionário, sólido e maduro. Além de ser bem fundamentado, principalmente no que diz respeito à abordagem do ODS 9 juntamente com o ODS 6 (disponibilidade de água e sua gestão), buscando a sustentabilidade e expondo assim a situação de alto consumo de água no município em relação à média nacional. Grande desenvolvimento da estrutura de aço e pensamento de montagem. Muito avançado em aspectos técnicos, cobre problemas complexos e os resolve. O segundo lugar foi concedido ao Chile com um prêmio de US$ 3 mil. A ponte é essencial para o fluxo da cidade como motor da produção turística e cultural, cumprindo assim o ODS 9. E o terceiro lugar foi para o Brasil com prêmio de US$ 1 mil. O Complexo Tecnológico Logístico para carregamento de grãos e reativação portuária, ferroviária e rodoviária. Um edifício para administração do complexo, pesquisa e articulação com atores relevantes da logística agrícola, configurando-se como pólo de desenvolvimento, atendendo ao 9º ODS. Propõe a reavaliação de um local muito degradado com a implementação de infraestruturas e um edifício digno desta revalorização: um projeto contundente e detalhado.
Os projetos foram considerados inovadores e cheios de valor agregado para enfrentar os desafios do setor de aço e arquitetura na América Latina. “O crescimento econômico, o desenvolvimento social e a ação contra as mudanças climáticas dependem em grande parte do investimento em infraestrutura, desenvolvimento industrial sustentável e progresso tecnológico. Temos a certeza, mais uma vez, de que o uso do aço como sistema construtivo tem um papel importante no apoio aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse Silvia Scalzo, arquiteta-diretora do concurso.
Oportunidade para discutir os principais desafios e tendências do setor:
Com o intuito de discutir os principais assuntos relacionados ao setor – como educação, empregabilidade, defesa comercial, sustentabilidade e desenvolvimento econômico – a Alacero promove, anualmente, o Congresso Alacero Summit. A edição de 2022 acontece nos dias 16 e 17 de Novembro no México e traz as principais vozes do setor para conversas e debates sobre os temas. Presentes no evento estarão executivos de empresas como ArcelorMittal, DeAcero, Gerdau, Ternium, Vale, Autlán, Primetals, Enel, Danieli, Russula entre outras. Interessados podem conferir a programação completa aqui.
Sobre a Alacero
A Associação Latino-americana de Aço é uma entidade civil sem fins lucrativos que integra a cadeia de valor do aço latino-americano com o objetivo de promover emprego industrial de qualidade, integração regional, inovação tecnológica, cuidado com o meio ambiente, excelência em recursos humanos, segurança no trabalho, desenvolvimento integral de suas comunidades e responsabilidade corporativa. Fundada em 1959, é composta por mais de 60 empresas produtoras e afins e mais de 1,2 milhão de trabalhadores, cuja produção se aproxima de 60 milhões de toneladas por ano. A Alacero é reconhecida como Organização Especial de Consultoria pelas Nações Unida e representa a indústria latino-americana perante organismos internacionais como worldsteel, OCDE, Agência Internacional de Energia (IEA), ONU (UNCTAD) e BID, aos quais leva as ideias e posições de seus parceiros.
Por Maytê Lopes