Preparando adolescentes para o futuro: uma análise sobre o ensino superior
13 de dezembro de 2022Estresse é um dos problemas que os jovens enfrentam durante o período de preparação para a faculdade
Por Diego Ferreira*
A pensadora contemporânea Hannah Arendt (1906 – 1975) afirma em Entre o passado e o futuro que “a função da escola é ensinar às crianças como o mundo é” (ARENDT, 1997, p. 246). É possível corroborar a afirmação de Arendt considerando que a escola não somente ensina como o mundo é, mas também como ele funciona e inclusive como se vive nele. Deste modo, a escola é um espaço especialmente dedicado ao futuro, um espaço que existe em razão do devir, do que haverá. Ao tratar do futuro consideramos o futuro de indivíduos, nossos estudantes, e pensar no futuro daqueles que nos são confiados é a grande tarefa da educação.
Estudantes do ensino médio, considerando suas perspectivas de futuro, almejam o ensino superior e, para que este objetivo seja alcançado, é necessário atravessar um intenso período de estudos, o qual exige tempo, dedicação e foco – logo, exige do aluno física e mentalmente em prol do está empenhado. Entretanto, não é tão simples quanto parece ser, até mesmo porque nós adultos já passamos por este processo, pois as dificuldades, as dúvidas e até mesmo as inseguranças acabam surgindo e ganhando espaço nessa etapa. Portanto, é fundamental que os estudantes tenham apoio para enfrentar o desafio de transição entre ensino médio e graduação, como um grande passo em direção ao tão sonhado futuro construído por eles e suas famílias.
Segundo uma pesquisa publicada pelo Brazilian Journal Health Review em 2021, 80,3% dos estudantes durante o período de pré-vestibular apresentam estresse, principalmente do gênero feminino. Com este dado, podemos entender que os jovens, além de lidar com a pressão dos estudos, se sentem envolvidos pela compreensão de seus próprios sentimentos e as tentativas de equilibrá-los em um contexto de grandes e profundas transformações pessoais. Portanto, jovens que estão (não são!) estressados, inseguros e pressionados. Por isso, o auxílio dos professores e de toda equipe escolar nessa jornada é fundamental para garantir uma rotina de estudos saudável e assegurar o apoio necessário nos momentos de dúvida.
O período da pandemia de coronavírus, iniciado em 2020, impactou efetivamente sonhos, projetos e perspectivas de futuro, não somente perspectivas profissionais, mas também acadêmicas. Contudo, a retomada de atividades anteriormente impactadas pela pandemia permite que objetivos e sonhos sejam retomados e voltem a ser pensados, ainda que um novo período de preparação acadêmica e mental se faça necessário.
Por que ser acompanhado durante os estudos é essencial?
O retorno às aulas e exames de ingresso pode trazer aos alunos ansiedade, uma vez que é necessário recuperar o tempo sem o acompanhamento presencial dos professores e apoio dos colegas. Dessa forma, a ansiedade e autocobrança aumentam, levando os estudantes a se compararem e se sentirem insuficientes perante as novas situações.
Neste sentido, como auxiliar que os alunos continuem firmes em seu empenho? Com certeza, o aconselhamento e apoio dos professores e o acompanhamento dos pais é o diferencial para que os estudantes não temam os desafios, posto que os professores terão capacidade e disposição para solucionaras dúvidas, aconselhar quais opções estes estudantes possuem em âmbito nacional ou internacional. Além de motivá-los na persistência de seus sonhos envolvendo ingresso em universidades, carreira e futuro profissional, tudo isso com estratégia e perspectiva de realização.
Utilização de tecnologia como complemento de estudos
As redes sociais permeiam a realidade de crianças, jovens e adultos de tal modo que é essencial repensar a utilização destes espaços tecnológicos em contextos de estudos, pesquisas e realização de exercícios. A compreensão das dinâmicas digitais, com auxílio pedagógico, permite o controle do tempo de uso e a ressignificação destes instrumentos como fonte de conhecimento, resolução de dúvidas e compartilhamento de informações verídicas. Sendo assim, a presença do professor auxiliando a compreensão e utilização destas ferramentas permite ao estudante a agência e autonomia para seu próprio processo educativo.
A presença de suporte pedagógico e de espaços saudáveis para autoexpressão enriquecem os horizontes de compreensão das próprias experiências por parte dos estudantes, afinal, o desempenho acadêmico não se alicerça somente em dimensões pedagógicas, mas também físicas, mentais, sociais e culturais. Ser acompanhado em suas necessidades e inseguranças permite que os estudantes encarem os desafios próprios de seu momento com confiança, alegria e motivação.
Diego Ferreira * é College Prep Counselor na PlayPen | ECJ Global School. Mestre em Filosofia Contemporânea pela PUC/SP e pós-graduado em design instrucional pela UFSCar. Pesquisador de filosofia na educação e Hannah Arendt.
Sobre a PlayPen | ECJ
Fundada em 1981, a PlayPen | ECJ inaugurou o ensino bilíngue no Brasil, tornando-se uma escola brasileira com currículo internacional integrado. Localizada na capital paulista, a escola é referência quando se fala em educação, focando no atendimento individualizado dos alunos. Em 2012, a escola foi comprada pelo grupo Cognita Schools Group, que tem sede no Reino Unido e lidera mundialmente o segmento de educação privada com mais de 85 escolas na Ásia, Europa, Reino Unido, Oriente Médio e América Latina. Com investimentos constantes nas frentes pedagógicas, tecnológicas, de infraestrutura e em programas de intercâmbio, a PlayPen | ECJ busca se consolidar como a principal escola bilíngue global do Brasil, mantendo-se, sempre, na vanguarda da educação no país. Saiba mais em: https://playpen.com.br/
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