Quem se beneficia da Telemedicina?

Democratização do acesso à saúde para a população, economia e possibilidades de expansão para clínicas e profissionais de saúde e melhorias nos serviços prestados por planos de saúde são alguns dos benefícios do formato regularizado recentemente no Brasil

Há pouco tempo foi sancionada no Brasil a Lei 14.510 que autoriza e conceitua a prática da telessaúde em todo o Brasil, em substituição à Lei anterior, que permitia a telemedicina durante o período de COVID-19. A evolução do formato de atendimento neste momento vem como um aprendizado adquirido durante a pandemia, quando o contexto exigiu formas alternativas de alcance dos pacientes. Mas agora, há a oportunidade de aprimorar o atendimento, para acessar a uma população já familiarizada com a comunicação on-line e, também, para democratizar e facilitar o acesso à saúde que tende a ter uma demanda aumentada em virtude do envelhecimento populacional. A LifesHub, plataforma que fornece inteligência estratégica em saúde que auxilia empresas do setor a identificarem oportunidades de atuação, demandas e tendências de mercado, levantou as vantagens da implantação da telemedicina para atendimento remoto para a população e prestadores de serviços em saúde, que contempla uma série de formatos que podem facilitar o acesso da população a serviços médicos e de saúde através de canais de comunicação e aplicativos de uso habitual como WhatsApp, Telegram, Facebook e Messenger. Mesmo com a facilidade, não há risco de vazamento de informações ou uso indevido de dados, pois as tecnologias que fornecem esse tipo de serviço são obrigadas a fornecer um ambiente seguro, em aderência com as premissas de compliance da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

População

Os atendimentos primários em saúde e consultas médicas podem ser realizados através de plataformas digitais, sem a necessidade de deslocamento até o endereço da clínica médica ou unidade de saúde. Este formato promove a democratização do acesso à saúde e facilita principalmente o acesso de pessoas que residem em regiões distantes de grandes centros, localidades rurais e indígenas, que tradicionalmente precisam se deslocar para outras cidades para receber atendimento. De acordo com o fundador e CEO da LifesHub, Dr. Ademar Paes Junior, o formato traz vantagens em relação à velocidade de resolução das demandas, na economia que o formato acaba gerando e no acesso ao atendimento primário da saúde, bem como especialidades médicas. “O paciente consegue ser atendido sem sair de casa, gerando uma economia substancial de tempo e de recursos particulares e públicos, visto que a população residente em locais distantes de grandes centros precisa se programar para viajar de uma cidade a outra, tendo despesas de transporte e até de hospedagem, além de ter acesso a determinados profissionais que não são encontrados em todas as regiões ou unidades de saúde”, afirma o médico.

Gestores de clínicas e profissionais de saúde

O ganho de produtividade e a redução nos custos são algumas das principais vantagens para clínicas de saúde e os profissionais responsáveis pelo atendimento aos clientes e pacientes. Muitos serviços que, até então, necessitavam de atendimento humano, podem ser resolvidos através de robôs de atendimento que têm conexão com dados da clínica como histórico do paciente, departamento financeiro e agenda dos médicos, direcionando a um atendente apenas quando necessário. “Essas ferramentas encurtam o caminho do paciente até o serviço e eliminam filas, sobrecarga de trabalho, congestionamento de linha telefônica e permitem aos gestores de saúde acompanharem a produtividade da equipe”, complementa o CEO da empresa.

Outro benefício bastante significativo é a capacidade de ampliação do raio de alcance da clínica, sem a necessidade imediata de instalação de novas unidades físicas em outros endereços. Tendo a possibilidade de realizar consultas no formato on-line, é possível avaliar a expansão dos serviços para outras localidades ao iniciá-los no formato remoto. Tendo uma resposta positiva dos pacientes e uma demanda comprovada, os investidores das clínicas se programam para aprovisionar recursos de aluguel de um novo espaço, compra de mais equipamentos e contratação de profissionais.

Planos de Saúde

Ter uma boa rede de médicos credenciada é um dos principais gargalos para os Planos de Saúde, que podem ser resolvidos através das possibilidades da telemedicina. Para Ademar, o maior desafio para os planos de saúde ao expandir seu mercado é desenvolver uma rede credenciada consistente, que atenda a população e entregue os serviços prometidos. “Com a possibilidade do atendimento à distância, mesmo que o paciente não encontre um determinado especialista credenciado na sua cidade, pode recorrer ao atendimento remoto com um profissional de qualquer lugar do país”, esclarece.

Outra vantagem está na eliminação de burocracias para liberação de guias e autorizações para consultas, exames e cirurgias, outro problema frequentemente levantado pelos clientes dos planos de saúde, que pode ser resolvido através do uso de robôs de atendimento e diversificação dos canais de comunicação digital da operadora.

A Gestão Pública

Na atenção primária à saúde, municípios menores e distantes de grandes centros precisam ter estrutura – e orçamento – para contemplar o deslocamento e hospedagem da população até as cidades de referência para a realização de consultas e exames, muitas vezes dependendo da ação conjunta com associações não-governamentais e filantrópicas para acolher os pacientes nos grandes centros. Com a possibilidade destes atendimentos serem realizados por teleconsulta, além da agilidade no atendimento e acompanhamento da população, há a economia na aplicação de recursos públicos como a redução da utilização de veículos, combustível e horas de trabalho de profissionais.

Como avaliar as oportunidades de implantação da telemedicina

A telemedicina e a telessaúde são uma realidade mundial e o Brasil ainda tem muito a melhorar no atendimento à população, especialmente pelas suas dimensões continentais e diversidade. Mas, de acordo com o Dr. Ademar, para isso acontecer, é necessário que a implantação da telemedicina esteja fundada em uma base de informações consistente que dê a garantia de atendimento do paciente na medida em que os casos evoluem. “Estamos vivendo um momento pós-pandemia, com pessoas ainda superando sequelas da doença e de outras doenças crônicas como diabetes, hipertensão, hepatite etc. A telemedicina facilita o acompanhamento dessas pessoas, mas precisa estar integrada com uma rede de atenção em saúde para encaminhar pacientes para exames, direcionar para atendimento hospitalar caso haja complicações e até orientar onde é a farmácia mais próxima para adquirir medicamentos”.

Nesse aspecto, uma plataforma de inteligência como a LifesHub contribui ao conectar o médico ou clínica que realiza o atendimento remoto à rede de apoio, médicos especialistas, que possam receber o encaminhamento de pacientes em caso de atendimento presencial. Outra vantagem de contar com a inteligência estratégica está no amadurecimento da tomada de decisões das empresas ao identificar as oportunidades do mercado de saúde, mapeando a prevalência de doenças em determinadas regiões, onde estão as pessoas, onde já existe estrutura como clínicas e hospitais e quais as demandas que estão latentes por atendimento.

Setores como a indústria de equipamentos, planos de saúde, rede prestadora de serviços entre outros, podem elaborar suas estratégias utilizando mais de 3.000 fontes de dados que a plataforma converge, analisando mais de 1,2 milhões de empresas, 3 milhões de profissionais, 78,3 milhões de beneficiários de sistemas de saúde suplementar e 7,5 bilhões de procedimentos anuais realizados no Brasil. “A LifesHub atua para que as empresas e profissionais tenham uma base de informações consistentes para avaliar, entre outras estratégias, a inclusão da telemedicina no seu formato de trabalho e aí sim, realizar os investimentos e buscar os fornecedores que melhor se adequem às suas condições”, conclui o médico.

Para maiores informações, acesse https://lifeshub.com.br/

Por Laura Cini Freitas