Setembro Amarelo: Aulas de Educação Socioemocional são aliadas na luta contra transtornos mentais em crianças e adolescentes

O Brasil é o país com a maior prevalência de pessoas com depressão na América Latina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Pesquisas apontam que são mais de 18 milhões de indivíduos diagnosticados em todas as idades, sendo mais frequente em mulheres. Dentre os sinais que mais interferem na vida diária estão os sentimentos de incapacidade, irritabilidade, pessimismo, mau humor, dificuldade de concentração, isolamento social, baixa autoestima e tristeza. No contexto escolar, crianças e jovens não estão imunes ao transtorno mental e as aulas de Educação Socioemocional tornam-se verdadeiras aliadas para prevenir a doença.

Psicopedagoga e orientadora educacional do Colégio Vitória-Régia, Solange Argollo explica que, desde 2018, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) implementou as competências socioemocionais dentro das habilidades gerais de ensino. E, desde então, escolas devem trabalhar o tema em sala de aula, abordando emoções e relações interpessoais. “No Vitória-Régia, por exemplo, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais acontece desde a infância, passando pelos demais segmentos de ensino, ao longo de todo o ano, com ações diversas, e não somente no Setembro Amarelo – que é um mês voltado à prevenção e conscientização do suicídio”, enfatiza a psicopedagoga, ressaltando ainda que a Educação Socioemocional é um instrumento de promoção à saúde mental não só entre os alunos, como também entre professores e colaboradores.

Na prática, a Educação Socioemocional permite compreender e como lidar com as nossas próprias emoções, como também com as do outro, trabalhando o autoconhecimento, a autorregulação, a automotivação e as habilidades sociais, sejam elas na escola ou fora dela. “No Vitória-Régia, realizamos ações diversas, como palestras com convidados especiais, oficinas, debates, atividades em grupo, jogos, rodas de conversa etc. Um desses atos é o ‘abraço grátis’. Os alunos da Educação Infantil saem distribuindo esses gestos de afeto pelos corredores da escola, fortalecendo laços, estimulando a empatia e promovendo a autoestima. Afinal, abraçar ajuda as crianças a expressarem emoções e a reduzirem o estresse, criando um ambiente cada vez mais acolhedor”, detalha a psicopedagoga.

Outro projeto do Vitória-Régia é o Programa Ser Gente Para Brilhar, ministrado por psicólogos e psicopedagogos com ações da Educação Infantil ao Ensino Médio. “O objetivo é formar indivíduos que saberão lidar com o próximo e com suas próprias questões da melhor forma possível”, informa Solange Argollo, reforçando ainda que a instituição de ensino disponibiliza profissionais especializados para dar suporte e conversar com o aluno, quando houver necessidade.

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