Sistemas de gestão devem ganhar ainda mais relevância em 2023. Por que?

Sistemas de gestão devem ganhar ainda mais relevância em 2023. Por que?

28 de março de 2023 Off Por Ray Santos
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Por Cadu Lopes *

O Brasil soma 1.023 healthtechs, representando um aumento de 60% quando comparado com o ano de 2016, segundo pesquisa da Distrito Healthtechs Report 2022, realizada pela Distrito, plataforma que conecta soluções para startups. Tais dados são animadores e nos mostram um vasto oceano que ainda deverá ser explorado pelos empreendedores do setor de saúde em nosso país.

A questão é que, justamente por ser um segmento essencial e sensível, são muitos os desafios encontrados pelo caminho. Um deles, e que tem ganhado relevância, é a gestão aplicada por clínicas e hospitais, impactando diretamente na experiência do paciente, afinal uma gestão eficiente na saúde vai muito além de conquistar resultados positivos para o negócio, significa zelar pela vida, saúde e bem-estar das pessoas.

De acordo com o Panorama das Clínicas e Hospitais 2023, o mercado está gradativamente percebendo que a gestão da agenda é uma atividade que requer ferramentas profissionais. Quase metade dos entrevistados, cerca de 49% das clínicas e hospitais, contam com um software pago para administrar consultas, enquanto 29% têm um sistema próprio. Na edição de 2022, esses números eram de 45% e 25%, respectivamente.

Outro ponto de atenção na gestão é a centralização (ou não) das informações, sejam elas financeiras, burocráticas ou até mesmo sobre os pacientes. 67% dos respondentes do Panorama afirmam que todos os colaboradores usam o mesmo sistema, enquanto  que 20%, não. A tendência é que essa última parcela, sofra com falta de produtividade, desordem e falhas frequentes, gerando uma má percepção dos pacientes.

A gestão por meio de telefone ainda é extremamente importante para as clínicas e hospitais. Ainda segundo dados apontados no Panorama 2023, 56% dos entrevistados relatam que o próprio aparelho é a ferramenta de gerenciamento das ligações. Aqui vale uma ressalva, visto que essa prática revela uma limitação, já que métricas importantes para o controle adequado do fluxo telefônico não são registradas, como o número de ligações recebidas, os horários de pico, a taxa de chamadas perdidas e o tempo médio de retorno. Sem tais informações, fica um pouco mais complicado ter insights e tomadas de decisões assertivas.

Por fim, vale a máxima “não se pode melhorar o que não se pode medir”. Portanto, quando falamos de gestão em saúde, é preciso selecionar os KPIs (indicadores-chave de desempenho) que quantificam a produtividade da equipe, visando ter rotinas otimizadas, processos estratégicos e mais tarefas realizadas em menos tempo, de forma eficiente.

*Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile. 

PiaR Group,.


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