SP: usina é multada em R$ 18 milhões por poluir rio e provocar morte de mais de 235 mil peixes

SP: usina é multada em R$ 18 milhões por poluir rio e provocar morte de mais de 235 mil peixes

19 de julho de 2024 Off Por Ray Santos
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Empresa de beneficiamento de cana-de-açúcar é apontada como responsável pelo derramamento de poluentes no Rio Piracicaba, no interior de SP

Gabriel Gatto Gabriel Gatto 

19 jul 2024 – 16h10
(atualizado às 16h17)
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Milhares de peixes mortos surgem no Rio Piracicaba; veja vídeo:

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A Usina São José S/A Açúcar e Álcool foi multada em R$ 18 milhões por poluir, com o derramamento de resíduos de cana-de-açúcar, duas vezes o Rio Piracicaba, no interior de São Paulo. O incidente ambiental resultou na morte de mais de 235 mil peixes, em levantamento considerado ‘conservador’ feito pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

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Nesta sexta-feira, 19, a Cetesb concluiu o laudo técnico que fundamenta o auto de infração contra a empresa açucareira. Os incidentes, que provocaram a morte de centenas de milhares de animais, aconteceram nos dias 7, na área urbana de Piracicaba (SP), e 15 de julho, na Área de Proteção Ambiental (APA) Tanquã.

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Segundo a companhia, foi identificada a relação direta entre o derramamento dos poluentes, compostos por águas residuárias do processamento industrial e mel de cana-de-açúcar, lançados pela usina, e as mortandades.
Milhares de peixes apareceram mortos em trecho do Rio Piracicaba, no interior de São Paulo
Foto: Arquivo Pessoal

No primeiro derramamento, foi constatada a presença de mel de cana-de-açúcar, substância densa, de difícil diluição na água, no Ribeirão Tijuco Preto. O resíduo foi encontrado cristalizado na usina, durante uma vistoria. O poluente tornou o PH da água ácido e, quando chegou ao Rio Piracicaba, levou a oxigenação da água a zero, impossibilitando a vida aquática.

O mesmo aconteceu no dia 15 de julho, quando os resíduos foram carregados até o Tanquã, ocasionando nova mortandade. “A equipe da Agência Ambiental local realizou inspeções e coletas, localizou a fonte poluidora e garantiu que mais nenhum resíduo fosse extravasado”, explica Mayla Fukushima, diretora-presidente em exercício da CETESB.

“O resultado das análises laboratoriais coletadas, das investigações e inspeções realizadas não deixam dúvida sobre a relação entre o extravasamento de material poluente da Usina São José e os episódios de mortandade de peixes que aconteceram nos dias 07 e 15 de julho”, reiterou Fukushima.

A pena aplicada à empresa leva em consideração, também, agravantes como omissão sobre o despejo de poluetes, o alto volume de peixes mortos e o atingimento de APA, totalizando o montante de R$ 18 milhões. A Cetesb afirma que também estabelecerá exigências técncias e medidas corretivas por parte da usina.

O Terra tenta contato com a Usina São José S/A Açúcar e Álcool. O espaço segue aberto para manifestação.

Fonte: Redação Terra


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