Tecnologia bancária como motor da inclusão financeira 

Tecnologia bancária como motor da inclusão financeira 

25 de outubro de 2024 Off Por Ray Santos
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Por Elias Rogério da Silva, Presidente da Diebold Nixdorf no Brasil – Foto: Reprodução

O Brasil, com sua vasta diversidade cultural e geográfica, que o torna único e complexo, vem passando por um importante processo de inclusão financeira de sua população nos últimos anos, em um esforço conjunto envolvendo bancos e fornecedores de tecnologia bancária para tornar o dinheiro disponível a qualquer hora e em qualquer lugar.

De acordo com dados do Banco Central do Brasil, a quantidade de usuários ativos do Sistema Financeiro Nacional aumentou 103,2% entre junho de 2018 e dezembro de 2023, mostrando avanços muito importantes na bancarização do país, que deve permanecer nos próximos anos.  

Assegurar que todos os cidadãos possam utilizar serviços bancários é uma das principais missões dentro desse ecossistema e estamos vendo os bancos confiando cada vez mais nos caixas eletrônicos para garantir esse acesso, especialmente com instalações em ambientes do convívio das pessoas, como supermercados.

A intenção é garantir que o banco vá até os clientes por meio da tecnologia, para fornecer ainda mais comodidade a eles. 

Os caixas eletrônicos modernos evoluíram muito, e hoje oferecem funcionalidades diversas que vão além das transações tradicionais.

Os ATMs são capazes de assumir a posição de agências bancárias quando necessário, atuando como um ponto de relacionamento entre bancos e pessoas ao convergir serviços eletrônicos, variados canais de atendimento e a experiência física desejada por muitos clientes, enquanto são uma opção mais econômica para que as instituições financeiras possam chegar a seus usuários.

Esses terminais se tornaram verdadeiros centros de autoatendimento, facilitando a vida dos clientes ao disponibilizar assistência de forma rápida e prática, 24 horas por dia.  

Essa evolução dos terminais contribui para o fato de muitos brasileiros seguirem preferindo utilizá-los em vez de opções mais digitais, especialmente aqueles que ainda recebem e realizam pagamentos em espécie.

Além disso, embora o mobile banking, por exemplo, ofereça certa conveniência, muitas pessoas ainda optam pela familiaridade que já possuem com os caixas eletrônicos para realizar suas transações, contratar serviços e fazer suas consultas.

Isso reforça que, embora o banco digital seja um avanço importante, os caixas eletrônicos continuam sendo uma solução indispensável, pois unem o mundo físico e digital enquanto oferecem segurança, acessibilidade e facilidade de uso. 

As falhas recorrentes de conectividade em certas regiões do Brasil também ressaltam a necessidade dos terminais, que são instalados com redundância de links. Sem internet, serviços digitais podem ficar inutilizáveis por longos períodos, impactando pagamentos eletrônicos e exigindo o uso de dinheiro em espécie, especialmente em áreas rurais remotas, onde a conectividade frequentemente é instável.

Assim, ter o dinheiro físico à disposição como plano de contingência no caso de interrupção da infraestrutura digital, ou até mesmo de desastres naturais, é essencial para garantir que a população possa fazer seus pagamentos e que os negócios possam continuar operando.  

Considerado uma sociedade fortemente dependente de dinheiro em espécie, o Brasil vê nos caixas eletrônicos o primeiro ponto de contato de muitos cidadãos com o sistema financeiro.

E para importante parcela da população, ele continuará sendo a única interface com os serviços bancários.  Além disso, o uso de dinheiro físico também facilita o controle financeiro pessoal, com uma gestão mais eficaz de seus recebimentos e pagamentos.

Por isso, facilitar o acesso da população às suas finanças por meio dos dispositivos de sua preferência é promover maior inclusão, um aspecto fundamental para o desenvolvimento sustentável do país. 

A caminhada do Brasil rumo à total inclusão econômica exige planejamento, investimentos em tecnologias diversas e uma abordagem humanizada que coloque as necessidades da população no centro das decisões.

A instalação de mais caixas eletrônicos em regiões afastadas dos grandes centros ou em ambientes de mais circulação de pessoas, como shoppings, é uma solução viável para enfrentar esse desafio, permitindo que mais pessoas consigam participar da vida econômica, com grandes contribuições para o crescimento do país e apoio para a reduzir a desigualdade social.

É importante que todo o ecossistema financeiro siga reconhecendo e abraçando seu papel na promoção da igualdade e inclusão, como vem fazendo, implementando as soluções já disponíveis para chegar a esse objetivo, como verdadeiros agentes de transformação. 


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