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4 de agosto de 2023 Off Por Ray Santos
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Está no ar o número 7.3 da Revista Rosa!

No Editorial, os editores Tâmis Parron e Carla Rodrigues chamam a atenção para a necessidade de reconstrução do modelo brasileiro de governabilidade, abordando os pós, os contras e os riscos de medidas políticas que estão sendo tomadas hoje, sobretudo em âmbito jurídico.

As pinturas de Manoel Veiga que acompanham o texto são parte da série Hubble: em uma das imagens o pintor trabalha com a luz em excesso (uma espécie de “cegueira branca”, em suas palavras), e, em outra, reconstitui a implosão de uma estrela, mas apontando, conforme sua manipulação, um “buraco negro” luminoso.

Dando continuidade ao conjunto de textos que a Revista Rosa publicou em 2022 sobre Tarifa Zero, Daniel Santini traz atualizações sobre o tema e insiste na urgência de não apenas implementar a Tarifa Zero, mas de se repensar, de forma transformadora, o transporte e a mobilidade pública. Ilustrando o texto, o artista mexicano Jorge Rosano Gamboa representa caminhos em seus monólitos em forma de língua.

Traduzimos, para este número, o texto “Oito teses para aprofundar a luta feminista”, das escritoras argentinas Silvia Federici e Verónica Gago.

A rosa que ilustra o texto é de autoria da artista Renata Haar. De Elena Acosta, pesquisadora colombiana, traduzimos o texto “A insuportável interpelação das ruínas”, que continua a discussão sobre monumentos, arquitetura e memória presentes em textos anteriores publicados na Revista Rosa.

Acosta, neste caso, retoma questões referentes à demolição do edifício Mônaco, espécie de bunker de Pablo Escobar nos anos 1980.

O texto foi publicado no livro Expurgo (Policéfalos Edições, 2021), dedicado ao mesmo tema e conta com a ilustração de Patrícia Londoño. As traduções são assinadas pela Trama Coletiva.

Trabalhando questões estéticas e poéticas relacionadas à escrita, algumas vezes em exercício metalinguístico diante dela, apresentamos o texto da escritora francesa Marielle Macé “Palavra e poluição”, e de Érica Zíngano, “49 dias – uma conversa interna com o livro Expedição: nebulosa, de Marília Garcia”, em que a poeta se entrega a um torrente de memórias, conexões e referências ao se dedicar à leitura – e a uma espécie de resenha – do último livro de poesia de Marília Garcia.

José Queiroz, especialista em contos de Virginia Woolf, faz minucioso estudo de Contos completos, da autora inglesa, lançado recentemente pela editora 34, com tradução do poeta Leonardo Fróes. Respectivamente, as ilustrações dos três artigos mencionados, são de Renata Haar, Fernanda Lopes e Maura Grimaldi.

Ainda na seção de resenhas, temos uma leitura da cientista política Daniela Costanzo do livro PT, uma história, de Celso Rocha de Barros (ilustração: Geoffrey Badel).

Do livro Psicanálise das neuroses de guerra (Quina, 2023) publicamos o posfácio, escrito por Bruno Carvalho e uma resenha de Denilson Cordeiro.

Como ilustração para os dois textos mencionados, a artista Ana Matheus Abbade nos enviou desenhos feitos com suas próprias unhas.

O tema da psicanálise, aliás, está visivelmente presente neste número 7.3, seja nesses dois artigos mencionados, seja no dossiê que trataremos na sequência.

Organizado por Antônio Neves, Matheus Ichimaru e Paulo Beer, o dossiê Psicanálise e Ciência presta-se a adentrar as discussões que as duas disciplinas, historicamente, levantam.

Nas palavras dos organizadores, o dossiê se propõe a “complexificar um debate que apresenta como polos dominantes duas teses rígidas: ou a unilateridade metodológica que conduz ao cientificismo, ou um pluralismo que cede ao obscurantismo”.

Os textos, que não recorrem à “dualidade simplista”, são assinados por Benilton Bezerra Jr, Eduardo Zaidhaft e Monah Winograd, Antônio Neves e Paulo Carvalho, Marta D’Agord, Paulo Beer e Ilana Katz. A ilustração de Psicanálise e Ciência é do artista visual Rogério Barbosa.

O segundo dossiê publicado neste número é Roteiros, Retornos: Leituras de Tristes trópicos (organização: Eduardo Jorge de Oliveira).

Derivados de um seminário que ocorreu em outubro de 2021, na Universidade de Zurique, em torno do livro de Lévi-Strauss, os textos são publicados em tradução pela primeira vez.

Com textos de Eduardo Jorge de Oliveira e Justin Greene, Claude Lévi-Strauss (fac-símile de “O cubismo e a vida cotidiana”), Vincent Debaene, Mareile Flitsch, Marcelo R. Sánchez-Villagra, André Masseno, Luísa Valentini, Pedro Cesarino, o dossiê ainda conta com uma montagem artística de Lívia Melzi e ilustrações de Denilson Baniwa.

Agradecemos especialmente Daniel Lühmann e Luís Guilherme Vieira Allegro, que contribuíram com as traduções.

Por fim, o ator Paulo Goya, contemporâneo de Zé Celso, contribui com um depoimento emocionado ao ator morto em julho deste ano, vítima de um incêndio em sua própria casa.

Em resposta a um e-mail à editora Marcela Vieira, Paulo enfatiza a importância de Zé Celso na cena artística brasileira e também canônica, ao lado de outros grandes autores.

A ilustração é de Adriano Janja, ilustrador e quadrinista, que publica, neste número a terceira parte de sua história The Poly Rat, publicados nos números 7.1 e 7.2 da Revista Rosa.

Boa leitura!

Revista Rosa 7 nº 3
Editorial
Tâmis Parron e Carla Rodrigues Brasil, vanguarda mundial da
resistência à extrema direita?

Artigos
Daniel Santini Só a Tarifa Zero não basta / Silvia Federici e Verónica Gago Oito teses para aprofundar a luta feminista / Elena Acosta A insuportável interpelação das ruínas / Marielle Macé Palavra e poluição / Paulo Goya Zé Celso

[dossiê] Psicanálise e ciência Benilton Bezerra Jr. Naturalismo, psicanálise e ciências da vida no horizonte contemporâneo / Eduardo Zaidhaft e Monah Winograd O vão sem plataforma: um estudo das concepções da psicanálise freudiana sobre a ciência / Antônio Neves e Paulo Carvalho Seria a psicanálise uma pseudociência? / Marta D’Agord Contar e escrever / Paulo Beer A ciência, a psicanálise e a escolha / Ilana Katz O problema da universalização da primeira infância Resenhas Bruno Carvalho O que vem de fora – Posfácio ao livro Psicanálise das neuroses de guerra / Denilson Cordeiro Maîtres à penser – resenha de Psicanálise das neuroses de guerra / Daniela Costanzo Uma história do Brasil democrático – e do PT / José Queiroz A forma difícil dos Contos completos, de Virginia Woolf / Érica Zíngano 49 dias – uma conversa interna com o livro Expedição: nebulosa, de Marília Garcia [dossiê] Roteiros, retornos: leituras de Tristes trópicos Eduardo Jorge de Oliveira Apresentação / Eduardo Jorge de
Oliveira e Justin Greene Lévi-Strauss e o cubismo / Vincent Debaene Encontrar uma linguagem? Claude Lévi-Strauss e a literatura / Mareile Flitsch Entre a melancolia etnográfica e o requinte gastrosófico: relendo Tristes trópicos como uma antropóloga social do século XXI / Marcelo R. Sánchez-Villagra Claude Lévi-Strauss, precursor humanista dos estudos sobre macroevolução cultural / André Masseno Tristes trópicos ou as (re)encenações de um olhar / Luisa Valentini “Um conjunto comovente”: a écfrase dos Nambikwara e a amizade em Tristes trópicos / Eduardo Jorge de Oliveira Lições de entropologia: Tristes trópicos, A queda do céu e a teoria literária / Pedro Cesarino Antropologia, ficção e queda em abismo / Lívia Melzi Ensaio para um diário visual Quadrinhos
Adriano Janja The Poly Rat 3 Ilustrações
Manoel Veiga Hubble 43 / Jorge Rosano Gamboa Nenepilli – lengua de humo / Renata Haar Rosa / Noite / Adriano Janja Zé Celso / Rogério Barbosa pinturas / Ana Matheus Abbade desenho / Geoffrey Badel La baguette du sourcier / Maura Grimaldi Palavra palavra / Fernanda Galvão Linha, vento / Denilson Baniwa desenhos / Lívia Melzi fotografias revistarosa.com


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