Como tornar São Paulo uma cidade mais justa e equilibrada? 

Em época de definição da nova Lei de zoneamento da cidade, a resposta passa pelo aumento da densidade habitacional em bairros mais centrais e com melhor infraestrutura e acesso a empregos, lazer, serviços e a um sistema de transporte público eficiente.

No entanto, construir mais moradias nessas regiões tem sido dificultado pelas atuais leis de zoneamento e pela visão que muitos residentes dessas áreas mais qualificadas ainda têm de que novos empreendimentos irão afetar a rotina de suas comunidades e seu modo de vida.

No vídeo, é possível entender como funciona esse processo e seus impactos. A partir da realidade de dois moradores de bairros distintos da capital paulista, Moema e Cidade Ademar, é explicado como viver em uma localidade com menos recursos e oportunidades traz reflexos para o bem-estar dos indivíduos, que precisam passar horas dentro no transporte coletivo para chegar aos seus trabalhos, estudo e outros destinos diários.

Enquanto na Cidade Ademar a densidade habitacional é de 22 mil residentes por quilômetro quadrado, em Moema – que fica em um ponto mais central do município – ela é de 9 mil. Situação que se repete em outras comunidades paulistanas.

Apesar dos dados revelarem que a densidade em Moema é baixa, em comparação com outras regiões, muitos de seus moradores seguem se posicionando contra a edificação de mais imóveis, pois acreditam que seus bairros já estão saturados.

Esse pensamento é ruim para a cidade, pois dificulta a oferta de unidades mais acessíveis nesses lugares mais estruturados e bem localizados. O resultado disso é um município mais espraiado, o que prejudica a mobilidade urbana e eleva o trânsito nas ruas, aumentando o tempo gasto nos percursos e congestionamentos.

Essa oposição a novos empreendimentos nos bairros mais qualificados está alinhada às ideias dos grupos de Nimby, palavra que vem do inglês e significa “Não no Meu Quintal”, e que torna mais complicado que transformações ocorram em São Paulo, e em outras cidades, mantendo mais pessoas longe de comodidades.

Ipanema, no Rio de Janeiro, é um dos exemplos apresentados de um lugar adensado e com infraestrutura.

São 26 mil habitantes por quilômetro quadrado e um dos melhores indicadores de qualidade de vida, segundo a prefeitura local.

Para que as mudanças sejam efetivas e mais moradores acessem as vantagens disponibilizadas em algumas áreas, é necessário reavaliar as regras de zoneamento e compreender como a legislação pode equilibrar oportunidades em toda a capital.

Saiba mais sobre o assunto no vídeo.