Crise ambiental em Maceió: especialista analisa a situação da mina de sal-gema e como o assunto pode ser estudado nas escolas

Crise ambiental em Maceió: especialista analisa a situação da mina de sal-gema e como o assunto pode ser estudado nas escolas

15 de dezembro de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
Compartilhar

Augusto Neto, autor de geografia do Sistema de Ensino pH, fala sobre o impacto social e ambiental na região e mostra seu contexto histórico e importância atual

Nos últimos dias, a comunidade de Maceió, em Alagoas, testemunhou um êxodo forçado de milhares de residentes por conta do perigo iminente do colapso de uma mina de sal-gema operada pela Braskem, empresa petroquímica com atuação global. O solo em diversos bairros da cidade está cedendo e a Defesa Civil alerta para a possível formação de uma cratera, cujo tamanho se assemelharia ao do estádio do Maracanã. Apesar de ter ganhado notoriedade recentemente, o problema remonta a 2018, evidenciando uma situação de risco que se arrastou ao longo do tempo.

A situação no local decorre de anos de exploração intensiva de sal-gema pela Braskem, combinada com a localização das minas em uma área de falha geológica. De acordo com o autor de Geografia do Sistema de Ensino pH, Augusto Neto, o enfraquecimento do subsolo, resultante da extração prolongada, cria grandes buracos, levando ao afundamento do solo. “Embora as informações detalhadas ainda estejam em processo de investigação, é evidente que o agravamento da situação não é apenas um fenômeno natural, sugerindo possíveis falhas nas medidas de prevenção”, explica ele.

O histórico da crise remonta à década de 1970, quando a Braskem iniciou a exploração intensiva de sal-gema. “A extração prolongada, especialmente em áreas de falha geológica, enfraqueceu o subsolo ao longo dos anos. Em 2018, isso resultou em rachaduras e afundamentos nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro, deslocando milhares de pessoas. A Braskem, responsável pela extração do sal-gema, essencial para a produção de PVC, soda cáustica e cloro, encerrou as atividades na região após esse acontecimento, iniciando ações de compensação para as comunidades afetadas”, diz Augusto.

Segundo Augusto, por conta da extensão do problema, este assunto pode aparecer em vestibulares de 2024 sob o guarda-chuva de 3 temas: impactos ambientais, atividade mineradora e geologia. Todas essas questões envolvem impactos sociais e na natureza e a necessidade de gestão de recursos, por exemplo “Vejo isso evocando comparações com outros fenômenos, como os casos de Brumadinho ou do deslizamento de rochas em Capitólio atingindo as lanchas turísticas”, finaliza.

Augusto Neto, autor de Geografia do Sistema pH de Ensino, está disponível para entrevistas sobre o tema. Formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ele tem mais de 15 anos de carreira como professor, com grande experiência em meio ambiente, e trabalho especializado com curso pré-vestibular e último ano do Ensino Médio.

Sobre o Sistema de Ensino pH (www.sistemadeensinoph.com.br) – O pH surgiu em 2012, a partir do trabalho desenvolvido no Colégio pH e Curso pH, presente há mais de 30 anos no Rio de Janeiro. Reconhecido pelo elevado número de aprovações nos vestibulares das universidades mais concorridas do estado e pelos excelentes resultados no ENEM, o pH atua da Educação Infantil ao Pré-vestibular. O sistema conta com uma série de escolas parceiras e oferece orientação nas áreas de planejamento, ferramentas tecnológicas, projetos inovadores, integração de recursos e formação contínua dos profissionais. O Sistema de Ensino pH integra o portfólio de empresas da SOMOS Educação.

Mira Comunicação


Compartilhar