Doença articular degenerativa tem maior incidência em cavalos atletas, alerta veterinário da Vetnil
28 de setembro de 2022A enfermidade também é conhecida como osteoartrite e danifica progressivamente as articulações. A boa notícia é que há tratamento visando qualidade de vida dos equinos.
Muito comum, a doença articular degenerativa ou osteoartrite é uma das responsáveis pela aposentadoria de cavalos atletas. “As articulações são compostas por diversas estruturas, sendo uma delas a cartilagem articular, importante para a absorção do impacto. Em cavalos atletas, como os competidores de salto, por exemplo, esses impactos são mais frequentes e intensos, tornando a enfermidade mais recorrente”, informa o médico-veterinário Kauê Ribeiro da Silva, Analista de Desenvolvimento de Produtos da Vetnil.
Silva explica que, em um cavalo saudável, sem osteoartrite, os componentes articulares são degradados e formados diariamente. Porém, fatores como o excesso de carga sobre as articulações durante os treinos mais intensos, outras doenças articulares e o avanço da idade fazem com que ocorra um desequilíbrio: a formação desses componentes não consegue compensar sua degradação. Assim, a função dessa estrutura é prejudicada e inicia-se um quadro de degeneração articular.
“Diagnosticar precocemente é a melhor forma de manter o bem-estar e performance dos cavalos, adaptando os treinos para manter a função articular e a força muscular, além de dar início a terapias medicamentosas para controle da dor e inflamação, juntamente com a reposição dos componentes articulares perdidos”, diz Silva.
Importante aliado na diminuição da inflamação e seus efeitos prejudiciais nos casos de osteoartrites, a empresa oferece um anti-inflamatório não esteroidal preferencial COX-2, o meloxicam. É importante lembrar que equinos secretam ácido gástrico de forma constante. Assim, é preciso cuidado ao administrar AINEs que atuem de forma significativa na COX-1, pois isso irá diminuir a produção do muco gástrico e aumentará a chance de desenvolvimento de gastrite e úlceras gástricas. Além disso, o uso de anti-inflamatórios preferenciais COX-2 também confere maior segurança para a perfusão renal e função plaquetária. De forma conjunta, a linha de produtos Vetnil conta com medicamentos condroprotetores como parte da prevenção e tratamento dessas condições.
“A associação da condroitina com a glucosamina evidencia um efeito sinérgico importante para a estrutura articular, promovendo efeito condroprotetor porque repoõe os componentes articulares perdidos e diminui a resposta inflamatória decorrente do processo degenerativo, o que leva a redução da gravidade das lesões de osteoartrite”, completa Silva.
No entanto, em casos mais avançados, uma das opções de tratamento pode ser a cirurgia. Graças à evolução da Medicina Veterinária Equina no Brasil, os procedimentos cirúrgicos menos invasivos, como artroscopias, ganham espaço nos hospitais. O médico-veterinário da Vetnil explica que esse tipo de intervenção diminui os riscos de contaminação ou degradação dos tecidos nobres adjacentes, quando comparado a uma artrotomia. “Durante a artroscopia, são feitas duas pequenas incisões na articulação e são inseridos dois instrumentais cirúrgicos que lembram ‘garras’: uma delas possui câmera para transmissão da imagem em um monitor, enquanto a outra realiza a intervenção em si”, elabora Silva.
Embora não seja novidade, tanto na saúde animal quanto na humana, as artroscopias são objeto de estudo e de atuação de um número crescente de veterinários. Pensando nessa alta demanda, a Vetnil, uma das líderes em medicamentos e suplementos para equinos no Brasil, patrocina o ArtroXperts, curso teórico-prático de artroscopia organizado e ministrado pela Equarter, empresa de educação continuada em Medicina Veterinária, realizado entre os dias 08 e 10 de agosto.
“A incidência de osteoartrite em cavalos atletas é expressiva. É extremamente importante unir as terapias medicamentosas a procedimentos menos invasivos a fim de melhorar a qualidade de vida dos animais, sem a necessidade de longa recuperação no pós-operatório. Somos apoiadores da Medicina Equina desde o início da nossa história e acreditamos que a formação de profissionais qualificados é essencial para o sucesso desse e dos demais tratamentos”, finaliza Kauê Ribeiro.
Por Ana Gabriela Maia