Especialistas comentam causas e consequências do aumento do desmatamento no Cerrado

Especialistas comentam causas e consequências do aumento do desmatamento no Cerrado

4 de agosto de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
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De acordo com dados do INPE, área de 6.300 quilômetros quadrados foi desmatada nos últimos 12 meses no bioma, recorde da série histórica que teve início em 2017

Entre agosto de 2022 e julho deste ano, o Cerrado perdeu mais de 6.300 quilômetros quadrados de vegetação, um aumento de 16,5% em relação aos 12 meses anteriores. Os dados divulgados nesta quinta-feira, 3, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a partir de alertas do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), indicam a maior área devastada para o bioma desde o início da série histórica, de 2017 a 2018.

A maior parte do desmatamento no Cerrado está localizada na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados com forte expansão do agronegócio. O Sistema Deter aponta que a Bahia é o estado líder em desmatamento, respondendo por 26,3% de toda a vegetação devastada.

Por outro lado, o desmatamento na Amazônia diminuiu nos últimos 12 meses. Foram registrados 7,9 mil quilômetros quadrados desmatados no bioma, uma queda de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior (agosto a julho).

Para comentar os desdobramentos do assunto, a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e a Fundação Grupo Boticário colocam à disposição para entrevistas:

REUBER BRANDÃO – Membro da RECNprofessor de Manejo de Fauna e de Áreas Silvestres na Universidade de Brasília.

ANDRÉ ZECCHIN – biólogo e gerente da Reserva Natural Serra do Tombador, localizada em Cavalcante (GO) e mantida pela Fundação Grupo Boticário

Sobre a Rede de Especialistas em Conservação da Natureza

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br

Sobre a Fundação Grupo Boticário

Com 32 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira. A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou cerca de 1.600 iniciativas em todos os biomas no país. Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário. A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.

Por Luciano Fontes | Tamer Comunicação


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