Ex-secretário da Polícia Civil é preso no Rio de Janeiro

9 de setembro de 2022 Off Por Ray Santos
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© Tânia Rêgo/Agência Brasil Geral

Publicado em 09/09/2022 – 12:51 Por Cristiane Ribeiro – Repórter da Rádio Nacional – Rio de Janeiro

O ex-secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Alan Turnowsky, foi preso nesta sexta-feira, em uma operação do Ministério Público do estado.

Ele é acusado de participar de uma organização criminosa, corrupção e violação de sigilo funcional. Turnowsky deixou o cargo em março para se candidatar a uma vaga de deputado federal pelo PL.

Os agentes do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, do MP, também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-secretário, na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, e apreenderam pelo menos um fuzil.

Os agentes do Gaeco também cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do delegado Antônio Ricardo, ex-diretor da Delegacia de Homicídios, e candidato a deputado estadual pelo mesmo partido de Turnowsky, onde apreenderam três telefones celulares.

Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão. Além do mandado de prisão contra Allan Turnowsky, há um mandado de prisão contra o delegado Maurício Demétrio, que já está preso, e um outro homem que não é policial e que não foi encontrado. Ele já é considerado foragido.

Turnowsky foi levado para a sede da Secretaria de Polícia Civil, no centro do Rio, onde chegou por volta das 9 horas da manhã. Ele presta depoimento e depois será encaminhado para o Instituto Médico Legal, onde fará exame de corpo de delito. Depois seguirá para a cadeia pública, em Benfica, na zona norte, onde vai aguardar audiência de custódia.

A investigação faz parte da Operação Carta de Corso, que prendeu o delegado Maurício Demétrio, que foi titular da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial, em junho do ano passado, acusado de cobrar propina de comerciantes.

A advogada Adriana Galucio, que representa o delegado Antônio Ricardo, disse que ainda não teve acesso ao inquérito e nem ao processo do qual ele é investigado e considerou suspeitos os mandados de busca e apreensão contra ele.

O advogado Fernando Drumond, de Allan Turnowsky, também disse que não teve acesso ao processo e que só vai se manifestar quando ler todos os autos.

Edição: Leila Santos/Edgard Matsuki


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