Financiamento torna aquisição de imóveis de leilão mais atrativa

Financiamento torna aquisição de imóveis de leilão mais atrativa

7 de agosto de 2023 Off Por Marco Murilo Oliveira
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Mesmo com as taxas de juros em alta, negócio se torna atraente pelo valor praticado ser abaixo do mercado

Com a alta expressiva dos aluguéis a busca pela casa própria se tornou ainda mais corriqueira e quem procura um imóvel para comprar, provavelmente já se deparou com as notícias de leilões imobiliários. Esses pregões, conduzidos por empresas especializadas, hoje acontecem online, e trazem uma excelente oportunidade, não somente para quem quer investir, mas também para quem quer morar: as instituições financeiras oferecem aos compradores a opção de parcelamento, descontos para pagamento à vista ou ainda financiamento imobiliário, dentro das regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Como em qualquer crédito imobiliário, é importante avaliar os riscos e as vantagens. Claudia Frazão, leiloeira na Frazão Leilões, explica que é essencial uma leitura atenta do edital para conhecer as regras do leilão, bem como do financiamento, e ainda, se há outros débitos que possam recair sob o imóvel, entre outros. “Também é necessário simular as condições, como valor mínimo de entrada, número máximo de parcelas, e qual o sistema de correção e amortização que o Banco está oferecendo, por exemplo, se é pela tabela Price ou sistema SAC”, detalhou.

Por conta das facilidades de pagamento, além dos preços abaixo do mercado, a procura por imóveis de leilão por pessoas que buscam moradia e não somente investimentos tem aumentado nos últimos anos, como alternativa para sair do aluguel. “Ter a opção de financiamento deixa ainda mais atrativo. Em geral, todo o trâmite para comprar imóveis leiloados hoje em dia é muito rápido, simples e digital”, explica a especialista.

Modalidades de financiamento

As modalidades de financiamento adotadas a cada leilão podem variar bastante, dependendo do vendedor, e também do momento econômico do país. Alguns bancos, por exemplo, oferecerem imóveis com possibilidade de financiamento no sistema SAC, e parcelamento em até 420 meses.

Em geral, a instituição financeira vai condicionar o financiamento a uma entrada à vista de no mínimo 20% do valor da arrematação – a mesma regra usada, hoje, para imóveis usados, e também é possível o uso do FGTS no sistema SAC (Sistema de Amortização Constante). O valor vai caindo com o tempo, pois há uma diminuição progressiva dos juros.

Existem casos, também, em que a instituição financeira vai optar por oferecer somente a opção de parcelamentos na Tabela Price, com prazos mais enxutos, e parcelas corrigidas por índices financeiros como o IPCA. 

Mas mesmo que neste momento as taxas de juros elevadas possam, em um primeiro momento, desestimular o consumidor a fazer qualquer financiamento, Claudia lembra que o valor inferior para a arrematação do imóvel acaba compensando. “Os preços praticados nesses pregões podem ser até 70% abaixo do mercado, sendo viável o financiamento mesmo em períodos de taxas altas”, afirma a leiloeira.

Outra dica importante apontada por Claudia é já ter o crédito pré-aprovado antes do leilão, assim o comprador já pode ter uma ideia do seu poder de compra e planejar o lance. “Simular o crédito no próprio banco que está leiloando o imóvel possibilita uma chance maior de aprovação ao interessado após a arrematação”, finaliza.

Por Caroline Mendes


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