LAB Viva Água destina R$ 800 mil para três projetos que fortalecem a restauração ecológica da Baía de Guanabara

LAB Viva Água destina R$ 800 mil para três projetos que fortalecem a restauração ecológica da Baía de Guanabara

7 de dezembro de 2022 Off Por Ray Santos
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Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, na região hidrográfica da Baía de Guanabara – Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Laboratório de inovação gerou soluções exequíveis, replicáveis e economicamente sustentáveis para a conservação da biodiversidade e para a segurança hídrica na região hidrográfica da Baía de Guanabara
Três projetos que apresentam soluções inovadoras para a restauração ecológica na região hidrográfica da Baía de Guanabara são os selecionados pelo LAB Viva Água, uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza com o apoio do Movimento Viva Água.

As iniciativas receberão um total de até R$ 800 mil em apoio financeiro para serem desenvolvidas e colocadas em prática por um período de 18 a 30 meses, a partir de 2023.

Esta edição da Teia de Soluções contemplou, por meio de um laboratório de inovação, dois desafios relacionados à restauração ecológica: desenvolver mecanismos e soluções financeiras e utilizar as cadeias produtivas sustentáveis.

Realizado de forma on-line e totalmente gratuito, o laboratório de inovação contou com 162 participantes de todo país, sendo 80% dos líderes das iniciativas com atuação no estado do Rio de Janeiro.

O processo envolveu encontros de cocriação de projetos, workshops e mentorias com especialistas em diversas áreas para o aperfeiçoamento das propostas. Participaram do LAB pesquisadores, engenheiros, urbanistas, ambientalistas, acadêmicos, entre outros profissionais interessados em contribuir com ideias para restaurar e proteger a região hidrográfica da Baía de Guanabara, que engloba 17 municípios do estado do Rio de Janeiro.

“Sabemos que a recuperação da Baía de Guanabara é complexa, mas acreditamos que a natureza possui soluções para diversos desafios sociais e econômicos da região. Por isso, continuamos unindo forças, gerando conhecimento, estabelecendo conexões e espaços de convergência para promover um impacto positivo e concreto para toda a população do território”, afirma André Ferretti, gerente sênior de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, uma das organizações integrantes do movimento Viva Água, acrescentando que a restauração ambiental da região é fundamental para garantir a segurança hídrica para a população.

O diferencial desse processo foi a coconstrução de soluções com a ampla participação de atores locais. “O envolvimento de profissionais, ONGs e empresas que conhecem bem os desafios da região e estão comprometidos com o desenvolvimento sustentável local foi fundamental para a qualidade dos projetos. Observamos que 72% dos líderes das equipes participantes do LAB tinham experiência prévia em ações na Baía de Guanabara”, destaca Ferretti, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).

Os projetos

Um dos projetos selecionados é o Mangue Doce, que busca contribuir para a melhoria da sociobiodiversidade com ações consorciadas de restauração e conservação de manguezais na APA de Guapi-Mirim, em São Gonçalo.

O objetivo é favorecer a restauração do ecossistema e gerar renda para as famílias da região por meio da produção de mel.

O projeto trabalhará em três eixos: restauração ecológica dos serviços ambientais; capacitação em meliponicultura para a geração de renda; e educação ambiental. Proposta pela Instituição Guardiões do Mar, a iniciativa prevê o plantio de cerca de 2,5 mil mudas de espécies nativas do manguezal, com o envolvimento de professores e estudantes e, também, a mobilização de pescadores e moradores do território para a criação de uma cooperativa de apicultura voltada à geração de renda.

Já a Trilha Comunitária pela Restauração da Natureza busca fomentar a economia local baseada na regeneração da biodiversidade e na restauração florestal por meio do desenvolvimento de uma trilha de ecoturismo de base comunitária em parte do território da “Baixada Verde”.

O trajeto de Duque de Caxias até Cachoeiras de Macacu passa por unidades de conservação e pretende incentivar a restauração florestal, a biodiversidade e o desenvolvimento de cadeias produtivas agroecológicas.

Proposta pelo Instituto Sinal do Vale, trilha, além de catalisar a regeneração, permitirá conhecer as espécies que perduraram pesar dos diversos ciclos econômicos que impactaram a região.

Do ponto de vista da conservação florestal, as capacitações propostas com foco em fortalecer a atuação dos viveiros de produção de mudas nativas contribuirão para a restauração dos ecossistemas ao longo da trilha, assim como a implantação de duas unidades demonstrativas de agrofloresta com espécies nativas frutíferas.

Por fim, o ZIP Flor pretende implementar e aprimorar um modelo replicável para a restauração ecológica de matas ciliares e nascentes, por intermédio de sistemas agroflorestais e da restauração ecológica assistida.

O projeto também prevê a geração de trabalho e renda na região, além da educação ambiental, agroecologia, conservação e ecoturismo.

A proposta do Instituto Cultural Tecnologia e Arte (Tecnoarte) deve ser implementada em áreas estratégicas para a segurança hídrica e conservação da biodiversidade, especialmente no entorno do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, localizado entre os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim, e no entorno do Parque Estadual dos Três Picos, que abrange os municípios de Teresópolis, Nova Friburgo, Guapimirim, Silva Jardim e Cachoeiras do Macacu.

Sobre o LAB O LAB Viva Água é um dos formatos da Teia de Soluções, iniciativa da Fundação Grupo Boticário que reúne diferentes processos e metodologias de cocriação e desenvolvimento de soluções para os principais desafios ambientais e que contribuam também com o desenvolvimento socioeconômico.

Essa edição do LAB está alinhada regionalmente às principais políticas públicas de meio ambiente, como o Programa Pacto pelas Águas, criado em 2015 e que tem como objetivo proteger e recuperar mananciais estratégicos de abastecimento do Rio de Janeiro, de modo a garantir o bem-estar humano, a segurança hídrica e a saúde dos ecossistemas associados à água a médio e longo prazos.

O LAB reforça a atuação do movimento Viva Água na região hidrográfica da Baía de Guanabara. A região hidrográfica da Baía de Guanabara engloba, incluindo a lâmina d’água, cerca de 480 mil hectares e conta atualmente com 172 mil hectares de cobertura florestal, o que corresponde a 36% de todo o território, além de 154 mil hectares de campos e pastagens, sendo uma importante fonte de serviços socioambientais para o Rio de Janeiro.

O território também possui 112 mil hectares de ocupação urbana.
Sobre o movimento Viva Água Guanabara Lançado em 2021, o movimento Viva Água Guanabara é uma iniciativa que envolve múltiplos atores de diferentes setores com o objetivo comum de contribuir com a segurança hídrica e a resiliência climática por meio de duas grandes abordagens: a conservação da natureza e a transição para uma economia sustentável, o que inclui projetos de conservação, restauração e manejo sustentável; fortalecimento do empreendedorismo com impacto socioambiental positivo; e a integração da indústria e de suas cadeias de valor com práticas sustentáveis.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

Com 32 anos de história, a Fundação Grupo Boticário é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para proteger a natureza brasileira.

A instituição atua para que a conservação da biodiversidade seja priorizada nos negócios e em políticas públicas e apoia ações que aproximem diferentes atores e mecanismos em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou cerca de 1.600 iniciativas em todos os biomas no país.

Protege duas áreas de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera.

Com mais de 1,2 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A Fundação é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O Boticário e atual presidente do Conselho de Administração do Grupo Boticário.

A instituição foi criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial. Sites: www.fundacaogrupoboticario.org.br | www.grupoboticario.com.br | Redes sociais: @fundacaogrupoboticario

Contatos da assessoria Tamer Comunicação Giovanna Leopoldi – 11 3031-2388 – ramal 247 – 11 96312-2030 (giovanna@tamer.com.br)

Luciano Fontes – 11 3031-2388 – ramal 225 – 11 98259-7250 (luciano.fontes@tamer.com.br)

Direção de Núcleo: Ana Claudia Bellintane – 11 3031-2388 – ramal 238 – 11 998495628 (anaclaudia@tamer.com.br)


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