O que é possível fazer pela revitalização do Centro de São Paulo?

A cidade de São Paulo tem passado por um intenso processo de revitalização dos imóveis localizados na região central. A expectativa é que após o processo de reforma, o território passe a atrair mais moradores e que haja um fomento da economia local. O projeto traz consigo seis eixos de atuação, são eles: segurança, aspectos sociais, atração de investimentos, requalificação urbana e mobilidade, habitação e meio ambiente. 

Embora os desafios sejam muitos, é inegável que o centro da capital paulista possui um imenso potencial para ser uma das maiores referências em cultura, habitação e infraestrutura urbana do país. Nesse sentido, a Prefeitura de São Paulo tem anunciado iniciativas em diversas frentes, que visam não apenas atrair novos moradores à região, mas também qualificar a vida de quem já mora no centro.

Não à toa, o Retrofit é a grande aposta para essa revitalização. Considerada uma tendência da construção civil sustentável, a solução busca modernizar edifícios antigos e, sobretudo, históricos. Por isso, a prefeitura tem incentivado empresas do setor habitacional a recuperarem tanto os prédios antigos quanto aqueles que estão há anos em desuso, com o objetivo de torná-los mais modernos e seguros.

Nicolaos Theodorakis, fundador e CEO da Noah, startup que oferece soluções tecnológicas para a construção civil a partir da madeira engenheirada, aponta que no retrofit os responsáveis pela reforma buscam manter ao máximo a arquitetura original do edifício, modernizando alguns equipamentos e materiais. “Trata-se de uma técnica totalmente promissora que tornará o centro ainda mais plural e democrático, sem modificar a estrutura histórica da região. Além disso, a partir de uma reforma mais estratégica, utilizando insumos como a madeira engenheirada, por exemplo, gastos energéticos são minimizados, o potencial construtivo é melhor utilizado e ainda será garantida mais sustentabilidade para a capital paulista. Além de garantir melhor qualidade de vida, ao passo que o retrofit deve trazer pessoas de diferentes perfis para a região central, possibilitando assim que elas desfrutem da estrutura urbana da cidade, em um ambiente moderno, saudável e sustentável”, comenta o CEO.

O que mais exemplifica e comprova o potencial deste conceito, é um case de sucesso do retrofit de um prédio em Washington/DC, nos Estados Unidos. O empreendimento, construído há alguns anos, passou por uma reforma. Foram acrescentados mais andares usando madeira engenheirada, devido à sua leveza. A escolha rendeu resultados positivos e surpreendentes, afinal foi construído um espaço mais sustentável, saudável, com design moderno e confortável para seus usuários. Além disso, o empreendimento como um todo foi valorizado e os aluguéis dos andares de madeira performaram com preços de metro quadrado maiores que os andares convencionais.

Outra empresa que tem apostado e contribuído para a revitalização do centro de São Paulo, é o Ibrawork, um hub de open Innovation, que promove a conexão entre startups e novos mercados, além de fomentar o ecossistema de startups na cidade de São Paulo. Focado em transformar a capital paulista em uma smart city, o hub lançou recentemente o Mercadão SP for Startups, um programa de inovação aberta que selecionou startups para aplicar soluções tecnológicas nos Mercados Municipais de São Paulo e Kinjo Yamato. “A Smart Sky Tech Hub foi a primeira startup contratada pelo programa, com o objetivo de modernizar o Mercadão de São Paulo, a partir do Metaverso. Nesse sentido, por meio da criação de um gêmeo digital, a Smart Sky possibilitará o turismo virtual do espaço que é considerado um ícone para o turismo da capital paulista e, sobretudo, a interação dos visitantes”, afirma Tania Gomes, diretora de inovação do Ibrawork.

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