Projeções para o Comércio Exterior em 2023 

Projeções para o Comércio Exterior em 2023 

15 de dezembro de 2022 Off Por Ray Santos
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O próximo ano reserva uma série de desafios e oportunidades para o Comércio Exterior; tecnologia será fundamental para garantir operações dinâmicas 

Por André Barros* 

O Comércio Exterior brasileiro, sem dúvidas, vive um momento de incerteza nesse final de 2022. No âmbito político, um novo governo se inicia em janeiro. Na economia e Comex, espera-se que o Brasil se recupere da incômoda 25ª posição entre os maiores exportadores do mundo. Em 2021, com US$ 281 bilhões em vendas, o país movimentou cerca de 1,3% das exportações mundiais. Por outro lado, foi o 27º importador, com 1% do total importado, equivalente a US$ 235 bilhões. O fato é que os efeitos da Covid-19 e os desdobramentos da Guerra na Ucrânia ainda impactam significativamente as perspectivas para o Comércio Exterior em 2023. 

No entanto, o contexto não é somente de indeterminação apenas para o Brasil. Todos os países envolvidos ativamente no comércio internacional foram afetados pelos impactados da Covid-19, dos conflitos geopolíticos, a falta de contêineres e o aumento do preço da energia. Porém, é importante ressaltar que há expectativa de melhora quanto a alguns desses problemas no próximo ano.  

Além disso, espera-se que a tecnologia ganhe ainda mais importância no cenário do Comércio Exterior, uma vez que a demanda por processos ágeis é maior que nunca. 

Transporte marítimo é ponto de atenção importante 

O transporte marítimo está sendo o elo mais fraco da economia global. Poucas pessoas sabem disso, mas 90% dos produtos que consumimos viajam por mar. Quaisquer variações, sejam para cima ou para baixo, têm consequências importantes nas cadeias produtivas das empresas. A pandemia do coronavírus desenraizou completamente o transporte marítimo e levou a uma explosão nos custos – principalmente no que diz respeito ao preço médio dos contêiners. Contudo, há expectativas de melhoras para 2023. 

Alguns fatores disruptivos como a política de zero tolerância à Covid-19 da China, a guerra na Ucrânia, a falta de contêineres para atender à alta demanda e o aumento dos custos de energia acabaram por desencadear uma crise logística global. No entanto, as hipóteses de descongestionamento dos portos e uma queda sustentável nas taxas de frete em 2023 aliviam um pouco o cenário. Até que haja estabilidade no cenário do comércio internacional, seja para insumos ou para pontos comerciais, é importante que as empresas do Comércio Exterior brasileiro implementem estratégias de redução de custos. 

Perspectivas para o uso da tecnologia no Comércio Exterior 

O desenvolvimento tecnológico sempre afetou o comércio em todo o mundo. Contudo, ao mesmo tempo, a informação não estava disponível com tanta rapidez e o comércio não era tão fluido como é hoje. As notícias sobre a economia demoravam mais para se espalhar do que o ritmo em que os eventos ocorriam em tempo real, e os compradores ficavam à vontade esperando mais tempo para receber o suprimento de seus estoques. 

Hoje, as empresas que atuam no comércio internacional precisam, mais do que nunca, simplificar processos e garantir uma dinâmica altamente competitiva das operações. Além disso, reduzir o máximo de custos e preservar a escalabilidade do negócio é fundamental para enfrentar a crise logística que o mundo atravessa. A Transformação Digital no Comércio Exterior deve se tornar uma realidade em cada vez mais empresas em 2023, visto que o elemento da inovação é essencial para assegurar resultados consistentes no mercado.  

Por fim, o cenário de incerteza para 2023 apenas reforça a necessidade de contar com tecnologias de ponta no Comércio Exterior. As tecnologias digitais afetarão a composição do comércio, aumentando o componente de serviços, promovendo o comércio de certos bens – como produtos sensíveis ao tempo – alterando os padrões de vantagem comparativa e afetando a complexidade e a extensão das cadeias globais de valor.  

Nesse contexto, acredito que a popularização dos sistemas automatizados no Comércio Exterior sejam fundamentais para atravessar esse momento de indeterminação, mantendo a dinâmica das operações por meio do uso ativo de dados, tanto para insights estratégicos, como para harmonizar com as legislações vigentes. 

André Barros * é CEO da eCOMEX NSI. O executivo possui mais de 20 anos de experiência no segmento de Comércio Exterior. Possui vasta experiência no desenvolvimento e entrega de novos produtos e serviços e na transformação e gestão de negócios.   

Sobre a eCOMEX  Fundada em 1986, a NSI, agora eCOMEX, desenvolve aplicativos para otimização da gestão de processos de comércio exterior. Primeira empresa no Brasil a integrar seus aplicativos aos principais sistemas ERPs do mercado e a disponibilizar uma aplicação 100% WEB para gestão do comércio exterior. A companhia é integrante do Grupo Cassis, que conta com mais de 250 colaboradores e 3 mil clientes em todo o Brasil. Veja mais: http://www.ecomex.com.br/  

Ideia Com,.


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