Reta final do ano letivo: Recuperação escolar deve ser encarada com estudo e diálogo
18 de novembro de 2024Mais um ano letivo está terminando. Estudantes que tiveram boa performance escolar em 2024 estão dando adeus às salas de aula e entrando em período de férias, como é o caso dos alunos do terceiro ano do ensino médio do Colégio Vitória-Régia, em Salvador. De acordo com a diretora deste segmento de ensino da instituição, Débora Bove, agora que o ENEM ocorreu, quem passou de ano direto já está de férias. Mas, aqueles que ficaram “travados” em algumas disciplinas, ainda precisam encarar a prova final e, em último caso, a recuperação escolar. Débora destaca que, neste momento, além dos alunos focarem nos estudos, o papel dos pais e responsáveis é essencial e faz toda a diferença.
Segundo a psicopedagoga do Vitória-Régia, Naiara Abreu, nessa fase os responsáveis devem sempre motivar e dialogar com os jovens e com as crianças. “É preciso deixar claro que a recuperação nunca deve existir nos planos de um aluno. Mas, se chegar a enfrentá-la, é necessário analisar quais as maiores dificuldades e perceber como é possível aproveitar o pouco tempo de preparação para retomar os conteúdos”, recomenda.
Para a especialista, a punição não deve ser uma alternativa. “Não é hora de brigar e, sim, de dar suporte, auxiliando nos estudos, para que o estudante não perca o incentivo. Convém ainda uma conversa mais direta, fazendo com o aluno um balanço do que aconteceu, alertando-o para novas atitudes no próximo ano”, explica Naiara Abreu, ressaltando que o incentivo que parte do ambiente escolar também é fundamental. “No Vitória-Régia, uma equipe está disponível para realizar atendimento individualizado com o aluno e com os responsáveis, visando esclarecer dúvidas e auxiliar no processo. Além disso, os alunos também têm acesso às orientações dos psicopedagogos para um melhor aproveitamento do período de recuperação”, conta.
Dicas
Durante o processo de recuperação, os pais podem retirar, pelo menos temporariamente, algumas atividades prazerosas (internet, jogos, brinquedos ou festas), da criança ou do adolescente. Essa atitude é fundamental para que o aluno entenda que algumas renúncias são importantes para focar na meta desejada e atingir o resultado esperado.
Por outro lado, essa experiência pode ser uma oportunidade de rever hábitos e perceber as disciplinas nas quais o aluno tem mais resistência. Refletir sobre os motivos que levaram a passar pela recuperação é uma maneira de aprender com a etapa. “Ele deve aproveitar o momento para ampliar os conhecimentos e detectar as dificuldades existentes”, completa Naiara Abreu.
Para evitar esse “período extra”, os pais devem acompanhar diariamente a criança e o jovem durante o ano letivo, ressaltando a importância do processo de estudos e do comprometimento com o período escolar. “A dica é fazer uma análise constante, retomar conteúdos, acompanhar anotações e tarefas. Não adianta só cobrar no final. É preciso motivar e estimular ao longo do ano”, conclui a psicopedagoga.
Lume Assessoria