Endividamento no cartão de crédito representa mais de 80% dos brasileiros inadimplentes

22 de agosto de 2022 Off Por Ray Santos
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Foto: Marcelo Casal/ABr/Google

Agosto de 2021 – De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem 214,7 milhões de habitantes, sendo que 88,8% dos brasileiros estão endividados por causa do cartão de crédito, segundo o levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ocorrido essencialmente no consumo de curto prazo. No ranking aparecem ainda os carnês de lojas (18,2%), financiamento automotivo (11,2%), crédito pessoal (9,4%) e o financiamento de casa (8,6%).

O cartão de crédito não precisa ser o vilão da história. Pelo contrário, se bem utilizado, pode ser útil, especialmente em emergências. Para ajudar as pessoas, Lorelay Lopes, educadora financeira e head de Negócios da Embracon, uma das principais administradoras de consórcios do país, dá dicas de como usar o plástico de forma consciente:

  1. Avalie a necessidade de parcelamento;
  2. Controle o impulso de comprar;
  3. Escolha um ótimo banco e evite cartão de loja;
  4. Esteja atento ao vencimento da fatura;
  5. Estipule um limite máximo;
  6. Fique sempre atento ao saldo do cartão e fatura e mantenha tudo anotado;
  7. Fuja da taxa de anuidade;
  8. Não conte com o pagamento mínimo;
  9. Não pague contas de luz, água e telefone no crédito;
  10. Não saque do limite de crédito;
  11. Não tenha mais de um cartão;
  12. Nunca empreste seu cartão;
  13. Se fugir do controle, cancele o cartão;
  14. Tenha um fundo de reservas;
  15. Utilize os programas de pontos e vantagens;
  16. Se já tem dívidas, quite antes de começar a usar o cartão.

“Na lista de inadimplência constam também os financiamentos de carro e de imóvel. O consórcio permite adquirir esses bens de forma planejada e, o melhor, sem a cobrança de juros, desde que a pessoa se planeje e possa esperar até a contemplação”, explica Lorelay.

Para evitar o endividamento é preciso ter uma boa educação financeira. Para isso, de acordo com a executiva, o primeiro passo é listar todas as despesas – as fixas (água, luz, internet, aluguel, TV por assinatura, entre outras) e as variáveis (combustível, mercado, cinema, viagens etc.), no período de 30 dias. Assim a pessoa consegue visualizar o que é possível cortar em tempos de crise. Outras dicas da Lorelay são:

  • Guarde 20% do salário para ter um respaldo financeiro;
  • Não gaste mais do que você ganha. Essa atitude justifica os milhões de brasileiros inadimplentes;
  • Faça um investimento que ofereça solidez;
  • Planeje suas conquistas e tenha paciência para alcançá-las;
  • Invista mais em experiências do que em coisas;
  • Esteja disposto a viver sempre um degrau abaixo. Por exemplo, se você tem dinheiro para comprar um carro de R$ 70 mil, então compre um de R$ 50 mil. Ele vai satisfazer as suas necessidades do mesmo jeito.

“Quando vivemos muito no limite financeiro, não conseguimos planejar o futuro. Diante de uma situação de crise, todos vão perder um pouco, de alguma forma. Então precisamos aprender a gastar nosso dinheiro. A educação financeira é a base para fazer um futuro mais tranquilo, vivendo de acordo com o que a sua renda permite e com a consciência tranquila”, finaliza Lorelay Lopes.

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