Núcleo de ESG da Fiems conhece sistema de monitoramento incêndios do Instituto do Homem Pantaneiro

Núcleo de ESG da Fiems conhece sistema de monitoramento incêndios do Instituto do Homem Pantaneiro

10 de dezembro de 2023 Off Por Ray Santos
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A equipe do Núcleo de ESG e Sustentabilidade da Fiems conheceu, na semana passada, o sistema de monitoramento de incêndios do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro), em Corumbá. Além de coordenar inúmeros projetos de conservação ambiental, o instituto é o primeiro com certificação de crédito de carbono no Pantanal.

De acordo com a assessora do Núcleo, Cláudia Borges, conhecer as iniciativas das entidades comprometidas com a conservação ambiental em Mato Grosso do Sul é importante para traçar um panorama de possibilidades de parcerias com as indústrias de Mato Grosso do Sul interessadas em adotar iniciativas de investimento social privado e contribuir com sua agenda de sustentabilidade.

“Trabalhar em conjunto com as comunidades locais é uma das formas mais efetivas de atuação em um contexto ambientalmente privilegiado como o de Mato Grosso do Sul. O instituto nos mostra possibilidade de investir em projetos já estruturados, reconhecidos e com equipes preparadas para este tipo de atuação”, destacou.

O Núcleo iniciou em 2023 o mapeamento de boas práticas nas indústrias do Estado. A intenção é criar um banco, dar visibilidade e estimular a adoção de iniciativas ambientalmente corretas, socialmente justas, transparentes e com boa governança. Identificar possibilidades de atuação conjunta e em parceria também faz parte da proposta.

Na ocasião da visita, a equipe do IHP mostrou como funciona o programa de monitoramento de incêndios na Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar. O território se estende por toda extensão do Rio Paraguai, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e é composto de 13 propriedades, entre fazendas e reservas privadas.

Por meio de inteligência artificial, o instituto aprimorou um sistema de monitoramento da biodiversidade da Serra do Amolar, composto por câmeras, para identificar processos e ações antrópicas que possam afetar a conservação das áreas e identificar as possíveis áreas de conservação legal na modalidade RPPN.

O monitoramento ao vivo permite identificar, por exemplo, áreas de incêndio e, assim, acionar as brigadas mais próximas para conter as chamas com tempo entre 3 e 5 minutos e precisão de 70% a 93%, de acordo com o assessor de Comunicação do Instituto, Rodolpho Cezar de Sousa.

Pioneirismo

O IHP é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos. Fundado em 2002 e instituído no dia 30 de março de 2012, em Corumbá, atua na conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local.

Dentre as atividades desenvolvidas pela instituição destacam-se a gestão de áreas protegidas, desenvolvimento de pesquisas e promoção de diálogo entre os atores com interesse na área.

Neste ano, o IHP conseguiu ter o primeiro projeto com certificação de crédito de carbono no Pantanal. O Programa Conexão Jaguar, desenvolvido pela ISA e suas empresas, é responsável pelo financiamento e apoio técnico deste primeiro projeto REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) certificado no Pantanal pela Verra.

Os créditos de carbono são instrumentos de incentivo à preservação, desenvolvidos no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente áreas em desenvolvimento por seus resultados de redução de emissões de gases de efeito estufa.

O projeto tem potencial de redução de mais de 430 mil toneladas de CO², até 2030. A iniciativa terá ainda o desafio de reduzir em 90% o desmatamento não planejado, no qual está incluído o fogo, considerado o principal fator de desmatamento no bioma, de acordo com o IHP.

Fotos: FIEMS


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